“Megatempestades” de 100 anos em Saturno estão intrigando os cientistas
Tempestades gigantescas em Saturno podem envolver todo o planeta e ser vistas por meses. Novas pesquisas sugerem que seus impactos persistem centenas de anos a mais do que os especialistas pensavam.

Imagine uma tempestade tão grande que seu contorno escuro envolveria todo o planeta.
Essas ‘megatempestades’ aterrorizantes são comuns em Saturno. Também chamadas de ‘Grandes Manchas Brancas’, elas surgem uma vez a cada 20 ou 30 anos no hemisfério norte do planeta e duram meses sem parar. Os astrônomos detectaram seis dessas tempestades planetárias chicoteando em torno de Saturno desde 1876. A tempestade mais recente ocorreu em dezembro de 2010, quando a espaçonave Cassini da NASA estava orbitando o planeta, obtendo uma visão extraordinária de toda a megatempestade que teve 200 dias de vida útil.
Agora, uma nova pesquisa sobre a épica tempestade de 2010 descobriu que aqueles 200 dias de trovões foram apenas algumas gotas em um balde meteorológico muito maior e mais estranho. De acordo com varreduras recentes de radiotelescópios, os impactos contínuos das megatempestades que eclodiram em Saturno há mais de 100 anos ainda são visíveis na atmosfera do planeta hoje e deixaram para trás anomalias químicas persistentes que os cientistas não conseguem explicar totalmente.
Em outras palavras, muito depois que uma megatempestade desaparece de vista, seu impacto no clima de Saturno dura séculos.
Os pesquisadores informaram em um estudo publicado em 11 de agosto na revista Science Advances:
“Na maior parte do tempo, a atmosfera de Saturno parece nebulosa e sem características a olho nu, em contraste com a atmosfera colorida e vibrante de Júpiter. Esta imagem muda quando olhamos para Saturno usando um olho de rádio.”

Usando o radiotelescópio Very Large Array no Novo México, os autores do estudo espiaram através da névoa da atmosfera superior de Saturno, na esperança de encontrar restos químicos da vasta megatempestade de 2010. Na verdade, a equipe encontrou vestígios de todas as seis megatempestades registradas, a primeira das quais ocorreu há mais de 130 anos, bem como uma potencial nova tempestade nunca registrada antes.
Visíveis apenas em comprimentos de onda de rádio, esses remanescentes assumiram a forma de grandes anomalias de gás de amônia. A camada superior de nuvens de Saturno é feita principalmente de nuvens de gelo de amônia. Mas em suas observações de rádio, os pesquisadores viram regiões de concentrações inesperadamente baixas de amônia logo abaixo dessa camada de nuvens em áreas associadas a tempestades passadas. Enquanto isso, centenas de quilômetros abaixo dessas mesmas regiões atmosféricas, as concentrações de amônia aumentaram muito mais do que o normal.
A implicação disso, de acordo com os autores do estudo, é que as megatempestades parecem conduzir algum misterioso processo de transporte de amônia que arrasta o gás amônia da atmosfera superior de Saturno para as profundezas da atmosfera inferior – possivelmente na forma de uma chuva ‘mushball‘ na qual granizo gelado de bolas de amônia caem na atmosfera antes de evaporarem novamente. Esse processo mole parece durar centenas de anos depois que uma tempestade desaparece visivelmente, escreveram os pesquisadores.
Embora os mecanismos por trás dessas anomalias atmosféricas – e por trás das megatempestades de Saturno em geral – permaneçam um mistério, estudá-los ainda mais pode ampliar não apenas nossa compreensão de como os planetas gigantes se formam, mas também do que impulsiona sistemas de tempestades como as Grandes Manchas Brancas de Saturno e a Grande Mancha Vermelha ainda maior de Júpiter, de acordo com os pesquisadores.
O principal autor do estudo, Cheng Li, ex-Universidade da Califórnia, Berkeley e agora professor assistente na Universidade de Michigan, disse em um comunicado:
“Entender os mecanismos das maiores tempestades do sistema solar coloca a teoria dos furacões em um contexto cósmico mais amplo, desafiando nosso conhecimento atual e ampliando os limites da meteorologia terrestre.”
(Fonte)
Compartilhe este artigo com a galáxia!
…E não esqueça: Nossa página principal é atualizada diariamente, com novos artigos podendo ser publicados ao longo do dia. Clique aqui.
Atenção: Qualquer artigo aqui publicado serve somente para cumprir a missão deste site. Assim, o OVNI Hoje não avaliza sua veracidade totalmente ou parcialmente.
Importante: Se puder, colabore para manter o OVNI Hoje no ar. Cada doação, por menor que seja, é crucial para manter este espaço de informação e conhecimento disponível para todos os interessados. Ao utilizar o QR code do PIX abaixo ou a chave PIX “OVNIHoje” (sem aspas), você está desempenhando um papel fundamental na sustentação deste site.

As doações não são apenas um ato de generosidade, mas também uma demonstração do seu compromisso em apoiar o compartilhamento de informações relevantes e o crescimento da comunidade interessada em assuntos tão fascinantes, possibilitando a continuação das pesquisas, análises e publicações que enriquecem nosso entendimento.
Seja parte deste movimento contínuo em prol do conhecimento. O OVNI Hoje e seus leitores agradecem sinceramente por seu apoio dedicado.
Agradecimentos aos colaboradores do mês: Silas Raposo ||| Leopoldo Della Rocca ||| Ewaldo Neto ||| Danilo Tercariol ||| Egidia Leocadia ||| Lincon Vaneti ||| Felipe Mitraud ||| Paulo Sanchez
Muito obrigado!
ÁREA DE COMENTÁRIOS
(Mais abaixo…👇)
ATENÇÃO:
- Os comentários são de responsabilidade única e exclusiva de cada pessoa que comenta, portanto aja com responsabilidade.
- O OVNI Hoje não se responsabiliza por transtornos, rixas ou quaisquer outras indisposições causadas pelos comentários.
- Comente educadamente e com ética, sempre tratando seu colega de comentários como você mesmo/a queira ser tratado/a.
- Qualquer comentário com “pregação” política ou religiosa, obsceno ou inapropriado será prontamente apagado pelos moderadores.
- A PRIMEIRA TENTATIVA DE BURLAR AS REGRAS INCORRERÁ EM BANIMENTO DA ÁREA DE COMENTÁRIOS!