Os cientistas desenvolveram uma nova ferramenta de modelagem para ajudar a simular os efeitos de um dispositivo nuclear em um grande asteroide.
No filme de desastre de Michael Bay, ‘Armageddon‘, de 1998, Bruce Willis usa uma bomba nuclear para desmembrar um asteroide que teria causado uma devastação indescritível se tivesse realmente atingido a Terra.
Mas será que algo assim poderia realmente ser feito na vida real?
Os cientistas brincaram com a ideia de usar armas nucleares para fins de defesa planetária durante anos, mas tem sido difícil determinar exatamente o que aconteceria se tal dispositivo fosse detonado na (ou abaixo) da superfície de um grande objeto lançado em direção ao nosso planeta.
Agora, porém, pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL) desenvolveram uma nova ferramenta de modelagem computacional capaz de simular uma detonação nuclear em um asteroide que se aproxima.
Os dados que fornece, em conjunto com os dados devolvidos pela recente missão Double Asteroid Redirection Test (DART) da NASA, poderão um dia ajudar a salvar-nos a todos de um impacto cataclísmico.
A líder do estudo, Mary Burkey, disse:
“Se tivermos tempo de alerta suficiente, poderemos potencialmente lançar um dispositivo nuclear, enviando-o a milhões de quilômetros de distância para um asteroide que se dirige em direção à Terra.
Deveríamos então detonar o dispositivo e desviar o asteroide, mantendo-o intacto, mas proporcionando um empurrão controlado para longe da Terra, ou poderíamos perturbar o asteroide, quebrando-o em pequenos fragmentos em movimento rápido que também não atingiriam o planeta.”
Em última análise, são as informações fornecidas por essa ferramenta de modelagem que poderiam fazer a diferença entre encontrar uma solução viável e lançar uma missão que não conseguiria parar o asteroide.
Quanto mais dados tivermos e mais sofisticada for a simulação, maiores serão as nossas chances.
Megan Bruck Syal, chefe de defesa planetária do LLNL, disse:
“Embora a probabilidade de um grande impacto de asteroide durante a nossa vida seja baixa, as consequências potenciais podem ser devastadoras.”
(Fonte)
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