A Estação Espacial Internacional está funcionando por mais de duas décadas, superando sua expectativa de vida operacional de 15 anos. Mas mesmo o ponto de apoio tripulado mais estável da humanidade no espaço deve eventualmente chegar ao seu fim.
Como tal, a NASA quer pesquisar um novo plano para aposentar a ISS até 2030: usar um “rebocador espacial” para tirá-la de sua órbita e, em seguida, deixar a ISS queimar em uma área segura na atmosfera da Terra conhecida como Point Nemo.
Os primeiros sinais do plano surgiram no orçamento solicitado pela NASA para 2024, divulgado pela primeira vez na semana passada pela Casa Branca. Se o presidente Joe Biden e a NASA conseguirem o que querem, a agência espacial receberá um orçamento de US$ 27,2 bilhões, quase US$ 2 bilhões a mais do que este ano.
Durante uma conferência de imprensa na segunda-feira, os funcionários da NASA revelaram que a agência quer usar cerca de US $ 180 milhões para “iniciar o desenvolvimento” de seu plano de rebocador espacial, o que não envolveria realmente construí-lo e implantá-lo – isso custaria muito mais.
“Uma estimativa de custo que tínhamos era de cerca de US$ 1 bilhão” disse a chefe de voos espaciais tripulados da NASA, Kathy Lueders, na coletiva de imprensa, conforme citado pelo Space.com.
Segundo Lueders, o plano atual é usar uma espaçonave já existente: a Progress da Rússia, um cargueiro descartável que reabastece a ISS.
“Continuamos a trabalhar com nossos colegas russos sobre como sair de órbita com segurança com os veículos Progress”, disse Lueders, conforme citado pelo Gizmodo.
Ela acrescentou que, embora outros parceiros da ISS já tenham capacidade de sair de órbita, os EUA querem desenvolver seu próprio plano “para ter redundância“.
Isso parece prudente, já que as relações diplomáticas entre os EUA e a Rússia se deterioraram desde a invasão da Ucrânia pela última, colocando uma grande pressão sobre os esforços para manter as duas nações cooperando no espaço.
No verão passado, a Roscosmos da Rússia anunciou que se retiraria da ISS após 2024, com planos de construir sua própria estação espacial nos bastidores.
Além disso, as espaçonaves tripuladas Progress e Soyuz da Rússia foram atormentadas por vazamentos, questionando a confiabilidade das plataformas nos últimos anos.
“Como você viu no passado e neste ano, essas redundâncias são muito, muito importantes para nós e nossos parceiros”, disse Lueders.
(Fonte)
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