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Alienígenas podem ter nos enviado mensagens em DNA codificado

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Será que alienígenas podem ter nos enviado mensagens no DNA codificado, e estamos procurando por essas mensagens em lugar errado? O pesquisador Robert Zubrin acha que isto é possível.

Alienígenas podem ter nos enviado mensagens em DNA codificado

Poderiam os micróbios que nos cercam realmente ser codificados com mensagens interestelares de alguma raça distante de alienígenas do espaço?

Esta é uma questão que tem sido colocada há décadas por alguns membros da comunidade SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence). Mas, mais recentemente, ela foi abordada pelo veterano defensor do espaço, Robert Zubrin, na conferência ‘Breakthrough Discuss 2019‘ deste mês na Universidade da Califórnia em Berkeley.

Dado que agora somos capazes de sequenciar todo o genoma humano, não é tão absurdo pensar que podemos estar bem servidos para procurar padrões, até mesmo mensagens em filamentos de DNA bacteriano. Esses micróbios podem ser o canal perfeito para uma Enciclopédia Galáctica Interestelar.

A ideia é que, uma vez lançadas intencionalmente ou mesmo de forma não intencional, as bactérias podem percorrer distâncias interestelares e, potencialmente, semear o Universo com mensagens de quem as codificou.

Uma bactéria individual – que normalmente varia em tamanho entre um e dez milionésimos de metro – pode facilmente se replicar. Mas como poderiam micróbios tão pequenos superar naturalmente a gravidade de suas estrelas para fazer uma jornada interestelar?

O mais provável é que, através da leve pressão do fluxo de fótons de sua estrela, Zubrin, um engenheiro astronáutico que é fundador e presidente da The Mars Society, disse. Esse método de transmissão de bactérias funcionaria melhor para estrelas mais brilhantes, como estrelas do tipo espectral F-, G- e K-. No entanto, Zubrin observa que estrelas-anãs vermelhas, as mais onipresentes do cosmos, podem ter dificuldade em empurrar suas bactérias para fora de seus sistemas solares.

Porém, se a colônia bacteria foi fortemente magnetizada, como Zubrin observou em um artigo de 2017 postado no blog popular do espaço, Centauri Dreams, ela poderia ser capaz de atuar como uma vela magnética em miniatura. Se assim for, teoricamente, captaria um vento solar de 500 km/s. Isso é mais que suficiente para expulsá-la do sistema solar.

Em contraste, se uma vela solar microbiana fabricada fosse lançada da gravidade da Terra por um foguete e liberada no espaço próximo da Terra, ela seria expelida do sistema solar aproximadamente à velocidade da Terra em torno do Sol, ou 30 quilômetros por segundo. Assim, viajaria um ano-luz a cada 10 mil anos e seria capaz de alcançar estrelas próximas em menos de 50 mil anos. E Zubrin diz que o ponto é que pelo menos algumas dessas bactérias sobreviveriam a essa viagem.

Mas elas não passariam por uma viagem fácil. Elas estariam sujeitos a altas doses tanto de raios cósmicos quanto de radiação ultravioleta que estaria perto do limite de sobrevivência para espécies microbianas resistentes, como Deinococcus radiodurans. Mas Zubrin está convencido de que, dos bilhões iniciais de células bacterianas enviadas, pelo menos algumas sobreviveriam e atravessariam; assim, preservando a mensagem no processo.

Pesquisadores aqui na Terra já provaram que podem codificar informações com sucesso no DNA bacteriano. Como Zubrin observou na palestra de Berkeley deste mês, os microbiologistas da Universidade de Columbia e do The New York Genome Project demonstraram sua capacidade de codificar informações com uma densidade de 215.000 terabytes por grama de DNA.

Pelas estimativas atuais, um grama de bactéria pode ser codificado com cerca de 900 terabytes de dados, ou o suficiente para preencher cerca de dois bilhões de livros de 200 páginas, diz Zubrin.

Se uma civilização alienígena enviasse uma extensa biblioteca de DNA codificado em uma suposta mensagem interestelar, eles basicamente poderiam nos fornecer uma Encyclopedia Galáctica de tudo o que eles conheciam e poderiam esperar saber.

O que estaria envolvido na realização de tal busca?

Como Zubrin escreveu em seu artigo para Centauri Dreams, ele espera que, enterrado em algum lugar no chamado DNA lixo das bactérias, possa haver um código alienígena de aminoácidos esperando para ser desembaralhado e decodificado por um criptologista perito.

Poderíamos procurar mensagens que possam ser encontradas nos genomas de organismos multicelulares, diz Zubrin. Mas ele diz que isso exigiria evidências de que eles carregavam informações genéticas não úteis para as bactérias. Encontrar tais evidências exigiria o sequenciamento genético dos genomas terrestres para procurar por números mágicos (como Pi) ou outros traços anômalos.

Como Zubrin observou em sua palestra em Berkeley, um bom lugar para começar a procurar por esses micróbios codificados seria concentrar nas bactérias mostrando os sinais mais fortes da mais recente origem extraterrestre.

Bactéria E.Coli CRÉDITO: WIKIPEDIA

Neste ponto, ninguém pode dizer se a evolução da vida na Terra teve ajuda externa da panspermia natural ou artificial – a teoria de que a vida se originou de microorganismos ou precursores químicos da vida presentes no espaço sideral…

Como não encontramos evidências de pré-bactérias no registro fóssil da Terra, Zubrin acha que é altamente provável que a vida bacteriana tenha chegado aqui do espaço interestelar de uma só vez.

Zubrin disse;

Eu não tenho conhecimento de nenhum organismo de vida livre na Terra que esteja equipado com sistemas de informação de DNA / RNA totalmente funcionais que sejam mais simples do que as bactérias.

Se panspermia natural ou artificial estivesse ocorrendo, veríamos o mesmo tipo geral de vida em todos os lugares, sem evidência de uma história evolucionária prévia de formas mais simples.

Mas a panspermia pode ocorrer naturalmente, por acaso, da mesma forma que os meteoritos da Lua, Marte e do Cinturão de Asteroides Principal aparecem aqui na Terra. Se encontrarmos micróbios em Marte com o mesmo sistema de informação que a Terra, mas nenhuma história evolutiva local anterior, isto apoiaria a panspermia, diz Zubrin. Mas ainda precisaríamos mostrar que era uma panspermia artificial, diz ele.

Quanto à civilização que enviou a mensagem do DNA?

Eles poderiam ser muito antigos e talvez até mesmo já terem desaparecido.

(Fonte)


Colocando de forma simples, estamos muito longe ainda de descobrirmos a origem da vida em nosso planeta, e mais ainda do Universo.

Um mistério que faz valer a pena sonharmos.

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