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Trump quer uma Força Espacial, mas os EUA já tem uma

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Tempo de leitura: 3 min.

Em uma reunião do National Space Council (Conselho Nacional do Espaço) anteontem (18 de junho), o presidente Donald Trump ordenou que o Pentágono desse início na construção de um sexto ramo das forças armadas americanas, chamado Força Espacial.

Este projeto ambicioso, que Trump vem provocando há vários meses, resultaria no primeiro novo ramo sendo adicionado aos militares dos EUA desde que a Força Aérea foi criada em 1947. Mas o que exatamente essa Força Espacial fará? Quem pagará por isso e quando será lançada?

Nada disso é realmente claro ainda. Desde que apresentou a ideia de uma Força Espacial em março, Trump não forneceu muitos detalhes concretos sobre o projeto, exceto por algumas conversas filosóficas sobre o reconhecimento do espaço como ‘um domínio de guerra’ e a garantia do ‘domínio americano’ por lá.

Embora este tipo de linguagem pode evocar imagens de batalhas interestelares de laser ou esquadrilhas de naves de guerra pairando no céu, a realidade da segurança espacial norte-americana é muito menos brilhante. De acordo com Laura Grego, cientista sênior do Global Security Program (Programa Global de Segurança) da Union of Concerned Scientists (União de Cientistas Preocupados), a segurança espacial envolve principalmente a manter outros países longe dos satélites americanos.

“Os militares dos EUA são fortemente apoiados por uma constelação de satélites muito capaz”, disse Grego ao Live Science. “E os EUA estão no meio de tentar descobrir qual deve ser sua estratégia para manter seus satélites seguros. Eu vejo esse impulso de ter uma Força Espacial como apenas uma outra característica de se fazer isso.”

O que é segurança espacial?

Desde 1984, a Força Aérea dos EUA colocou mais de 280 satélites em órbita. (O mais recente deles – um satélite de detecção de mísseis chamado EUA-282 – foi lançado em janeiro.) Esses satélites fazem de tudo, desde previsão de tempo, monitoramento de lançamentos de mísseis balísticos até ajudar soldados a ligar para suas famílias, disse Grego. Eles são cruciais para vigilância, reconhecimento, navegação e comunicação – e todos os ramos das forças armadas dependem deles.

Certamente, impedindo as nações estrangeiras de interferirem com estes satélites – digamos, ao bloquearem seus sensores ou invadirem suas redes e roubarem informações – é uma preocupação de segurança nacional primordial, disse Grego. Uma Força Espacial, presumivelmente, se encarregaria de proteger e manter as capacidades espaciais dos Estados Unidos.

O problema é que os militares dos EUA já têm uma agência que faz isso.

“A Força Aérea faz grande parte disso”, disse Grego.

Em 1982, a Força Aérea formou uma nova agência chamada The Air Force Space Command – AFSPC (Comando da Força Aérea). De acordo com o site do AFSPC, sua missão é a de “fornecer recursos de espaço e ciberespaço resilientes e acessíveis para a Força Conjunta e para a Nação”.

Este portfólio inclui comandar e controlar satélites governamentais, ajudando a NASA e empresas privadas realizam lançamentos de foguetes, monitorar lixo espacial que poderia interferir com missões espaciais americanas e, de forma geral, “manter a superioridade espacial.”

Hoje, a agência emprega mais de 35.000 pessoas.

A fronteira final da burocracia

Então, por que tirar a segurança espacial da Força Aérea depois de mais de 30 anos? Para Grego, o raciocínio não é claro. Se criada, a Força Espacial corre o risco de adicionar outra camada de burocracia a um sistema já complicado, disse ele.

“Espaço e acesso ao espaço agora são partes integrantes das outras coisas que os militares fazem”, disse Grego. “A Força Espacial os mantém separados onde poderiam estar melhor integrados.”

O Pentágono tende a concordar.

“O Pentágono é complicado o suficiente”, disse o secretário da Força Aérea Heather Wilson aos repórteres em junho passado, depois de dispensar um projeto de lei serviços armados que propôs a criação de um novo ramo militar com base no espaço. “Isso tornará tudo mais complexo, adicionará mais caixas ao organograma e custará mais dinheiro. Se eu tivesse mais dinheiro, colocaria isso na letalidade, não na burocracia.”

(Fonte)


Na verdade, há quem diga que o Pentágono não quer uma divisão especializada em assuntos espaciais, pois o que já existe – e o artigo acima não ousou mencionar – é um Programa Espacial Secreto, como alegado por muitos informantes e delatores.

Tudo indica que há um Programa Espacial Secreto em andamento

n3m3

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