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Espaço do Leitor: Pode haver vida além da zona habitável de uma estrela?

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Tempo de leitura: 3 min.

Pode haver vida além da zona habitável na órbita de uma estrela?  Veja abaixo a opinião de nosso leitor Rafael dos Santos Ribeiro:

Hoje muitos cientistas e astrônomos procuram formas de vida na chamada “zona habitável” de uma estrela. Para os que não estão familiarizados com a expressão, a zona habitável de uma estrela varia de tamanho e distância e seria a distância da estrela e o planeta onde a água estaria em estado líquido e as temperaturas seriam amenas e propícias para a vida. Caso o planeta fique muito próxima à estrela a água evaporaria e a temperatura seria extrema para formas de vida como conhecemos e caso o planeta esteja além da zona habitável a água congelaria e as temperaturas seriam muito frias para que ocorram qualquer química que possa ocasionar em formas de vida. A questão é: só pode haver vida em planetas dentro das zonas habitáveis?

Vamos analisar a zona habitável do Sol que abrange Vênus, Terra e Marte. Destes três planetas, aparentemente, apenas a Terra possui vida. Por quê? De acordo com a zona habitável do nosso Sol tanto Vênus como Marte também teriam condições para água em estado líquido e a proliferação de formas de vida.

Peguemos primeiro Vênus que já foi considerado o “irmão” da Terra. Um efeito estufa avassalador cobre todo planeta, elevando a sua temperatura a quase 500 graus! O motivo desse efeito estufa se da pela falta de um campo magnético no planeta, mas o que ocasionou esta perda ainda é um mistério (fotos de sua superfície mostram que pode ter havido água liquida que foi evaporando conforme a temperatura do planeta aumentava, criando um efeito cascata onde a evaporação da água aumentava o efeito estufa que acelerava a evaporação da água). O que antigamente seria um planeta com grandes pântanos e umidade é considerado a versão astronômica do inferno (além das altas temperaturas, chove ácido e as altas pressões do planeta impedem que qualquer objeto enviado ao planeta sobreviva tempo suficiente para um estudo aprofundado de seu solo).

Agora vejamos Marte que por muito tempo foi considerado o lugar mais provável para encontrarmos nossos primos do espaço. Marte é basicamente, em sua superfície, um enorme deserto. Por ser menor que a Terra seu núcleo se esfriou rapidamente destruindo seu campo magnético e expulsando sua atmosfera. Assim como Vênus, o planeta parece ter apresentado água líquida em um passado remoto assim como apresenta água congelada em seus pólos.

O que esses dois planetas falharam e o nosso não? A resposta ainda é um mistério, mas a perda de seus campos magnéticos pode ser a causa primária (pesquisas indicam que o campo magnético se dissipou pelo fato dos planetas serem menores que a Terra e por isso seus núcleos esfriaram rapidamente, ou o fato dos dois planetas não possuírem placas tectônicas). Olhando em nosso próprio sistema solar temos apenas 1/3 dos planetas na considerada zona habitável com condições reais de habitação para as formas de vida complexas conhecidas por nós. Seria esta zona habitável o melhor local para a procura de uma “Terra 2”?  Será que a vida não pode existir fora das chamadas zonas habitáveis? A reposta pode estar em uma lua do nosso sistema solar.

Júpiter pode ser considerado um “mini sistema solar” com suas infindáveis luas, mas uma em especial chama a atenção: Europa. Este satélite está muito longe da chamada zona habitável, mas possui água líquida por baixo de uma crosta de gelo. Rachaduras em sua superfície mostram que o gelo esta constantemente em movimento e há troca de material entre a superfície da lua e seu interior. Como isso é possível? Júpiter é tão grande que seu campo gravitacional afeta suas luas fazendo-as “esticarem” e contraírem conforme dão voltas no planeta gasoso. Esse movimento de maré cria atrito e calor suficiente para que água possa existir sobre a forma líquida.

Já foram descobertos planetas maiores que Júpiter orbitando outras estrelas. Mesmo que nossa tecnologia atual não permita verificar, é possível que estes gigantes possuam luas. E se uma dessas luas possuísse as condições ideais para vida mesmo não estando na chamada zona habitável da estrela? Não seria hora de criarmos uma “zona habitável de planetas gasosos”? Será que não estamos nos concentrando demais nessas zonas habitáveis e nos esquecemos de que a vida pode surgir nos lugares mais inóspitos, como nas redondezas de gigantes gasosos?

Essas respostas somente o tempo (e a tecnologia) dirá.

Rafael dos Santos Ribeiro

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