Este mês, a Fundação Sol, uma instituição científica que reuniu no ano passado acadêmicos de classe mundial e especialistas do serviço público para conduzir estudos acadêmicos sobre os OVNIs, cedeu acesso livre ao público aos vídeos das apresentações de seu simpósio inaugural.
Dentre todos os convidados que apresentaram suas interessantes palestras, um realce especial pode ser dado ao discurso de Christopher Mellon, ex-vice-secretário adjunto de Defesa para Inteligência dos EUA nas administrações Clinton e George W. Bush e mais tarde para Operações de Segurança e Informação.
Veja abaixo a tradução de um trecho interessante de sua fala:
“Não estamos lidando, pelo menos não exclusivamente, com uma presença intangível e interdimensional que há séculos procura influenciar repentinamente os assuntos humanos. Algo nesse sentido pode estar acontecendo – é uma questão fascinante – mas nossos militares estão encontrando objetos sólidos controlados de forma inteligente invadindo o espaço aéreo militar restrito, às vezes voando em formação. Em muitos casos, eles emitem radiação na faixa de um a três e de oito a doze gigahertz.
Vários relatórios credíveis indicam que estes objetos tornaram inoperantes segmentos da nossa dissuasão nuclear. Em outros casos recentes, eles estão bloqueando radares de aviões de combate. Também temos vários casos de colisões quase no ar e outros casos envolvendo ferimentos graves em militares e civis. Na verdade, esta é uma área de pesquisa do Dr. Nolan e da Fundação SOL. Estou aqui para apoiar os esforços de Garry e Peter para avançar no estudo científico dos OVNIs, mas também reconheço que, por mais que queiramos, não podemos permitir que o governo se desfaça desta questão.
Da mesma forma, o governo não pode dar-se ao luxo de se limitar a informações científicas puras. Esta é uma das áreas em que discordo do Dr. Kirkpatrick, que afirma que há evidências, entre aspas, ‘não credíveis’, entre aspas, de OVNIs demonstrando capacidades ou fazendo coisas que violam nossa compreensão da ciência. Na minha opinião, os aviadores e operadores de radar e técnicos do [Porta-aviões] Nimitz são eminentemente credíveis.
A comunidade de inteligência prefere certamente informação científica rigorosa, sempre que possível, mas seria insustentável, se não suicida, que as comunidades de inteligência ou de aplicação da lei se limitassem a dados de sensores robustos e repetíveis. Raramente temos o luxo de ter informações sensoriais sobre as intenções dos líderes estrangeiros, ou sobre as capacidades precisas das forças adversárias, por isso fazemos o melhor que podemos com o que temos. Deveríamos considerar os relatos dos aviadores do Nimitz e dos operadores de radar como provas altamente credíveis de naves controladas de forma inteligente fazendo coisas que não podemos imitar e não entendemos.
Por exemplo, como observado em uma apresentação anterior, o [OVNI] Tic Tac, quando supersônico sem um estrondo sônico, superou as forças G que destruiriam qualquer coisa construída pelo homem, [e] não há nenhuma evidência do plasma que normalmente esperaríamos ver em velocidades tão extremas. Percebo as limitações dos relatórios humanos, mas não vejo razão para mudar repentinamente as regras e padrões que normalmente usamos na Comunidade de Inteligência ao avaliar OVNIs.
Estou levantando essas questões para lembrar que a questão primordial sobre os OVNIs para os formuladores de políticas governamentais e para muitos membros do público será, sem dúvida, se os OVNIs representam uma ameaça existencial. Estou entusiasmado por apoiar investigações de assinaturas de OVNIs, propulsão, materiais, metamateriais e assim por diante, mas não podemos evitar essa questão ao defender a divulgação. Temos que abordar isso de frente. É certo que nunca ocorreu nada tão ontologicamente chocante como a divulgação, certamente não nos tempos modernos. Mas há alguns precedentes interessantes que podemos examinar.”
Abaixo, o segmento em questão, que foi publicado na plataforma X pelo usuário Joe Murgia (@TheUfoJoe):
n3m3
(Fonte)
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