Manuscrito de 1.200 anos descreve Jesus como sendo um metamorfo

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Em março de 2013, um texto de 1.200 anos descrevendo Jesus como alguém que “muda de forma” – um metamorfo. No entanto, por mais viral que a notícia tenha se tornado, com a mesma rapidez desapareceu da mídia e, atualmente, encontrar a investigação é extremamente complicado.

Teria Jesus sido um metamorfo? Crédito: Wikipedia

Os principais meios de comunicação em todo o mundo relataram os esforços de especialistas para decifrar o texto antigo. No entanto, a notícia de que Jesus era um metamorfo desapareceu tão rapidamente quanto apareceu. Não houve um único debate acadêmico sobre o assunto desde então, nenhum especialista falou sobre o assunto e nenhuma mídia noticiou novamente a descoberta. Para alguns teóricos, isso não passa de um caso de censura.

Jesus, “o metamorfo”

O beijo de Judas, de acordo com o texto antigo, foi feito para identificar Jesus antes que ele mudasse de forma. Crédito: Вопросы верующих / Pinterest

O texto estaria em língua copta e foi escrito em nome de São Cirilo de Jerusalém, um ilustre teólogo que viveu durante o século IV. O especialista conta parte da história da crucificação de Jesus, mas com reviravoltas apócrifas. Algumas nunca antes vistas ou mencionadas pela Igreja ou mesmo traduzidas até a chegada de Roelof Van Den Broek, da Universidade de Utrecht, na Holanda, que a publicou no livro “Pseudo-Cyril of Jerusalem On the Life and the Passion of Christ: A Coptic Apocryphon” (“Pseudo-Cirilo de Jerusalém Sobre a Vida e a Paixão de Cristo : Um Copta Apócrifo”, em tradução livre).

No manuscrito ele explica o motivo do beijo de Judas para trair Jesus. Segundo o cânon bíblico, o apóstolo o traiu em troca de dinheiro, usando um beijo para identificá-lo. Isso leva Jesus a ser preso. No entanto, o texto apócrifo explica que Judas beijou Jesus porque Jesus tinha a capacidade de mudar de forma.

Os judeus questionaram Judas sobre como prender Jesus se ele não tivesse “uma forma”.

“Às vezes ele é corado, às vezes é branco, às vezes é vermelho, às vezes é cor de trigo, às vezes é pálido como ascetas, às vezes é jovem, às vezes é velho.”

Judas sugeriu usar o beijo como meio de identificação. Se o apóstolo tivesse dado uma descrição a Jesus, ele poderia ter mudado sua forma para escapar. Através do beijo, ele identificou exatamente quem, assim, mesmo se ele mudasse sua aparência.

No entanto, esta não é a primeira vez que Jesus foi considerado um metamorfo. Segundo Van de Broek, a primeira explicação do beijo de Judas encontra-se em “Origens“, obra de um teólogo que viveu entre 185 e 254 d.C.

Uma teoria muito mais antiga

O antigo escritor afirmava que Jesus se mostrava diferente para todos que o viam. No entanto, Van de Broek também diz que pode haver outra interpretação.

O texto de 1.200 anos de idade é um dos 55 manuscritos coptas encontrados em 1910 por aldeões que escavavam em busca de fertilizante no local do monastério destruído do deserto do Arcanjo Miguel, perto de Al Hamuli, no Egito. Acredita-se que durante o século X, os monges enterraram os manuscritos do mosteiro em um recipiente de pedra para protegê-los.

O mosteiro deixou de funcionar no início do século X e o texto foi redescoberto em 1910. Em dezembro de 1911 o texto foi comprado junto com outros textos pelo financista americano J. P. Morgan. Todas as suas coleções e o texto descrito estão agora na Morgan Library and Museum em Nova Iorque.

Embora as manchetes ao redor do mundo fossem altamente sensacionais no início, descrevendo o texto como contendo informações que afundaram completamente o cristianismo, o estudo não fez tal afirmação. No entanto, fica claro que o texto não é uma farsa, e foi publicado por um respeitado estudioso e por uma notável imprensa acadêmica como a Brill Publishing.

(Fonte)


Alegações como esta são usadas por muitos para reforçar a crença de que Jesus era um extraterrestre. Bem, se é certo que Jesus é filho direto do Criador, então certamente, pelo menos de forma parcial, ele seria “extraterrestre”, pois esta palavra significa “de fora da Terra”.

Enquanto isso, por falta de provas contundentes, ficamos com a eterna dúvida sobre todas essas alegações. Mas sempre seguimos em busca da verdade…

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