“O público foi levado a crer que OVNIs não existem. Mas eles existem!” – Ross Coulthart

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Houve uma explosão de iniciativas de OVNIs nos últimos 12 meses, incluindo a formação da Coligação Internacional para Pesquisa Extraterrestre e o lançamento do Projeto Galileo. E então houve o relatório inovador do Pentágono, no qual ele admitia que havia incidentes de fenômenos aéreos não identificados (de sigla em inglês, UAPs) que não podiam ser explicados.

Ross Coulthart, jornalista australiano. Captura de vídeo.

No entanto, um novo livro, “In Plain Sight” (“Em Plena Vista” ou “À Vista de Todos”, em tradução livre), do premiado jornalista investigativo Ross Coulthart pode ser um dos desenvolvimentos mais interessantes até então. Coulthart não tem reputação dentro da comunidade OVNI, mas há muito tempo deseja enfrentar a grande questão: estamos realmente sozinhos?

Ele disse:

“Sempre fiquei intrigado com o assunto, principalmente porque existe um tabu vinculado a ele. No jornalismo, existe um verdadeiro estigma.

Lembro-me de editores me dizendo: ‘Ross, não fazemos histórias de OVNIs’. Eu fiz muitas histórias relacionadas à segurança nacional e inteligência de defesa. Passei grande parte dos últimos 30 anos cobrindo guerras, atos terroristas e todas as misérias do mundo. E muitos desses contatos [ que eu fiz] … quando eu perguntei a eles sobre OVNIs, eles não iriam descartá-los [ou seja, a ideia de que eles existiam].”

Nascido na Nova Zelândia, Coulthart ficou fascinado com o incidente de 1978 em que um cinegrafista capturou a filmagem de um objeto voando ao lado de um avião acima da cidade de Kaikoura, na Ilha Sul do país. Semanas depois, as autoridades atribuíram-no ao planeta Vênus ou a um reflexo de barcos de pesca.

Coulthart admitiu:

“Como um garoto de 16 anos, parecia plausível para mim, então não pensei muito nisso.”

Mas, na universidade, Coulthart garantiu seu primeiro furo rastreando as testemunhas, que lhe garantiram que aquilo que viram era um objeto sólido.

Avançando para os anos 90, ele se estabeleceu como jornalista e estava trabalhando no programa investigativo de TV australiano “Four Corners“. Após a conclusão de um dia de filmagem em uma base da Força Aérea, a tripulação foi convidada por seu anfitrião para tomar uma bebida no bar local. Coulthart relembrou:

“Depois de um tempo, ele se inclinou para a frente e disse: ‘Posso te fazer uma pergunta? Por que sua mídia nunca faz histórias sobre OVNIs?’

Admito francamente que ri e disse: ‘Porque eles são “bull shit[algo como mentiras em inglês]. E ele disse, ‘Não, eles não são’. Eu gostaria de poder dizer quem era esse sujeito – ele era um oficial muito, muito sênior, uma das pessoas mais importantes em nossas forças armadas na época.”

Impedido pelos parâmetros da grande mídia, ele ainda conseguiu convencer seus chefes a fazer uma história sobre OVNIs em 2011 – mas foi apenas porque eles o enviaram a Londres para entrevistar um astro do rock que cancelou e eles ficaram com uma lacuna preencher.

Coulthart vasculhou em relatórios de um avistamento de 1980 perto da base da força aérea RAF Bentwaters e rastreou o coronel Charles Halt, que afirmou ter visto um objeto voador. Ele relembrou:

“Demos meia hora para a transmissão e a coisa simplesmente enlouqueceu. O público ficou muito interessado e, mais importante, o que nos surpreendeu foi o número de pessoas ligando e oferecendo informações.

Eles estavam me contatando de toda a Austrália, dizendo que tinham visto um objeto semelhante. Eles ficaram surpresos ao verem que a mídia estava finalmente relatando essa história. A coisa boa para eles foi que não estávamos ridicularizando – estávamos tratando o assunto com respeito.”

In Plain Sight” contém análises detalhadas de muitos avistamentos, incluindo o favorito pessoal de Coulthart de um homem sentado em uma espreguiçadeira em um cinema ao ar livre no deserto do sul da Austrália, quando uma nave cilíndrica apareceu. O espectador afirmou que podia ver a luz dentro das janelas.

Coulthart embarcou no livro depois de se tornar freelance e se livrar das algemas de editores desdenhosos, e diz que a recente admissão do Pentágono de que algo está lá fora foi um desenvolvimento realmente positivo.

Ele explicou:

“Existe essencialmente uma única linha que é repetida por qualquer nação do Five Eyes [Reino Unido, EUA, Canadá, Nova Zelândia e Austrália]. Se você perguntar: ‘Os OVNIs são reais?’, eles não respondem à pergunta. Eles dizem que não há problema de segurança nacional com os OVNIs e eles não representam uma ameaça à segurança dos voos. Mas, em julho deste ano, tudo mudou dramaticamente.

Qualquer um pode ler esse relatório. Diz muito, muito claramente que os OVNIs são uma ameaça à segurança dos voos e que são uma possível ameaça à segurança nacional. É uma reversão completa. Ninguém no Pentágono está explicando porque eles fizeram isso, mas eu acho – e me disseram – é porque eles perceberam que o jogo acabou. Eles têm que confessar eventualmente o que sabem.”

Em seu livro, Coulthart detalha a ligação entre OVNIs e instalações nucleares. “In Plain Sight” começa com a história de 1991 de uma mulher chamada Annie Farinaccio, que estava em uma festa em uma base dos Estados Unidos no remoto Cabo Noroeste da Austrália. Dois policiais ofereceram a ela uma carona de volta à cidade e ela nunca se esqueceu do que viu enquanto eles dirigiam.

Disse Coulthart:

“Annie estava sentada ali petrificada. Ela olhou para cima pelo para-brisa e gritou, pois havia uma nave triangular gigantesca com luzes pairando bem acima enquanto eles dirigiam a 100km/h por esta estrada.

Em um piscar de olhos, ele atingiu 300 metros e depois caiu para o lado esquerdo do carro. A esta altura, ela está implorando [à polícia] para deixá-la de volta na cidade, e então ele salta para 300 metros instantaneamente de novo e cai para o lado direito do carro.”

A base abrigava transmissores de baixíssima frequência que, em caso de guerra, enviariam sinais aos submarinos nucleares dos Estados Unidos. Annie foi visitada por oficiais americanos, levada de volta à base e lhe disseram que ela tinha visto um balão meteorológico – embora a nave não se parecesse com um de forma alguma.

O livro registra outro incidente, na Rússia, no qual as armas em um silo nuclear foram misteriosamente armadas, prontas para o lançamento, sem qualquer intervenção dos oficiais.

Coulthart disse:

“Eles estavam em pânico. A inteligência parecia estar demonstrando que, quaisquer que fossem seus sistemas de segurança, eles podiam ser violados. Se for algum tipo de inteligência, parece estar enviando uma mensagem – parece expressar algo sobre o uso ou potencial mau uso de armas nucleares.”

Também é apresentada no livro a história do professor Andrew Greenwood, de Clayton South, um subúrbio de Melbourne. Junto com seus alunos do ensino médio, ele viu um disco metálico aparecer em um céu sem nuvens.

Greenwood falou com a mídia local antes de ser silenciado.

Coulthart disse:

“É aqui que as coisas ficam muito sinistras. Duas semanas após o incidente, ele recebe uma batida na porta de sua casa. Lá na porta está um homem vestido de uniforme – um oficial sênior – e o outro cavalheiro é um oficial de algum tipo, talvez um policial ou oficial de inteligência, mais provavelmente.

Andrew ainda está zangado com o que eles fizeram. Eles o ameaçaram categoricamente e disseram: ‘Se você falar mais sobre o que viu, vamos garantir que você perca seu emprego – diremos que você bebeu como professor’. Andrew não tem motivo para mentir sobre isso e, mais importante, o que ele diz que viu é apoiado por 167 testemunhas, todas registradas, na última contagem. É realmente o caso mais extraordinário.”

Mais revelações foram desenterradas por Coulthart, incluindo sugestões de nave não humana recuperada. Fontes afirmam que os EUA e a Rússia têm instalações nas quais esses produtos são armazenados, mas Coulthart diz que geralmente é cético em relação a tais afirmações sem ter visto provas.

Ele disse:

“Esse é o maior problema que tenho. Os governos não têm esperança de guardar segredos e eu teria pensado que, se o governo dos Estados Unidos estivesse guardando segredos como esse, isso já teria vazado, e não foi. Mas, quando você olha os arquivos do governo dos EUA … é por isso que chamei meu livro de ‘In Plain Sight’. A evidência está bem ali, à vista de todos. Há arquivos da CIA que mostram que ela estava trabalhando com o Departamento de Defesa dos EUA para recuperar o que os documentos chamam de ‘discos voadores’ do Nepal e do Afeganistão.”

Junto com o livro, Coulthart produziu um documentário de OVNIs e foi recebido com um nível encorajador de apoio de colegas da mídia e do público.

Coulthart explicou:

“A resposta foi simplesmente alucinante. Nunca na minha carreira tive uma resposta como a que tive para este assunto. Tem sido avassalador. Fico exausto todos os dias – acordo e há literalmente 300 a 500 e-mails, pessoas me contando sobre seus avistamentos, pessoas me oferecendo informações. É como se abríssemos uma ferida e toda a realidade se derramasse.”

O principal objetivo do livro, porém, é cortar a névoa. De acordo com Coulthart, é quase como se os setores da mídia não quisessem admitir que estão dormindo ao volante.

Ele continuou:

“A mídia está falhando aqui. A mídia está presa ao paradigma que, absurdamente, foi encorajada a seguir pela CIA e pela Força Aérea dos Estados Unidos na década de 1960.

A CIA decidiu suprimir as histórias de OVNIs – eu não sei porque, mas afirmam que era porque eles estavam preocupados que as pessoas que relatassem OVNIs pudessem atrapalhar as pessoas fornecendo um aviso prévio de um ICBM [míssil balístico intercontinental] russo aterrissando nos EUA. É um argumento absurdo que eles quisessem impedir que as pessoas congestionassem os telefones do NORAD [Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte] com avistamentos. É simplesmente ridículo.”

Para um homem hábil com as palavras, Coulthart conclui descrevendo este assunto complexo de forma sucinta e apropriada. Embora ele não tenha conseguido até agora descobrir tudo o que os governos e agências de segurança sabem sobre os OVNIs, ele deixou claro porque o assunto foi considerado passatempo de tolos.

Ele finalizou:

“Fomos manipulados. Nós fomos enganados.”

(Fonte)


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