Nova teoria sobre o escurecimento da estrela Betelgeuse

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Tempo de leitura: 2 min.

Por Jocelyne LeBlanc

Uma nova teoria surgiu a respeito do período do “Grande Escurecimento” da estrela Betelgeuse. Conhecida como uma das maiores e mais luminosas estrelas do céu noturno (está localizada na constelação de Orion), também é muito misteriosa.

Impressão artística de Betelgeuse mostrando sua superfície coberta por grandes manchas que reduzem seu brilho.

Entre outubro de 2019 e março de 2020, o brilho desta estrela supergigante vermelha diminuiu 2,5 vezes, o que foi a maior queda em 50 anos. Conhecida como “Great Dimming” (Grande Escurecimento), a diminuição do brilho causou uma queda na temperatura da superfície de cerca de 149 graus Celsius.

Enquanto os cientistas se esforçavam para descobrir o que estava causando esse escurecimento na estrela, várias teorias surgiram, tais como uma nuvem de poeira gigante que se moveu entre a Terra e Betelgeuse que temporariamente nos impediu de ver sua luz; que estava prestes a se tornar uma supernova; e que ‘manchas estelares frias’ cobriam cerca de 70% da superfície da estrela. Mesmo que a luminosidade da estrela tenha caído dramaticamente, a teoria de que ela se transformaria em supernova foi descartada quando começou a brilhar novamente.

E agora, há uma nova teoria que sugere que uma grande mancha escura está cobrindo partes da superfície da estrela. Embora esta seja outra hipótese interessante, os especialistas não podem confirmar ou negar a ideia, pois uma grande mancha escura nunca foi observada diretamente na estrela.

A equipe de pesquisa estudou a temperatura de Betelgeuse analisando o espectro infravermelho de alta resolução da estrela em quatro datas específicas – 31 de janeiro, 19 de março, 4 de abril e 6 de abril de 2020. Essas quatro datas coincidem com o escurecimento e pós-escurecimento da estrela.

A Dra. Sofya Alexeeva explicou sua pesquisa em mais detalhes:

“Nosso método é baseado na medição de óxido de titânio (TiO) e linhas moleculares de cianeto (CN) em espectros estelares. Quanto mais fria uma estrela, mais essas moléculas podem se formar e sobreviver em sua atmosfera e as linhas moleculares são mais fortes no espectro estelar. Em uma atmosfera mais quente, essas moléculas se dissociam facilmente e não sobrevivem.”

Uma vez que a diminuição do brilho causou uma queda na temperatura da superfície da estrelas, os pesquisadores perceberam que os resultados de um estudo anterior prevendo que 70% da superfície da estrela estava coberta de manchas eram semelhantes às suas descobertas. No entanto, eles acreditam que é apenas uma mancha escura gigantesca que é bastante comum em supergigantes vermelhas.

Embora esta seja apenas a mais recente de várias teorias sobre o período de “Grande Escurecimento” de Betelgeuse, a misteriosa estrela supergigante vermelha continuará a nos surpreender e nos confundir ao mesmo tempo.

O estudo foi publicado na revista Nature Communications, onde pode ser lido na íntegra.

(Fonte)


Mas acontece que pode nem ser nada do que teorizado pelos astrônomos, pois ainda temos muito que aprender a respeito do Universo. Vai que foi uma nave estacionada temporariamente entre aquela estrela e nós!😁 (Antes de me massacrarem, não estou falando sério. Contudo, trata-se de uma teoria tão válida quanto as outras.)

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