Para muitos, o tão esperado relatório de OVNIs divulgado pelo Pentágono no final do mês passado veio como uma decepção.
Meses de espera nos renderam um relatório de nove páginas que mais ou menos confirmou o que já suspeitávamos: o governo dos Estados Unidos não tem ideia do que poderia ser uma série de estranhos “Fenômenos Aéreos Não Identificados” (UAPs).
Relatos de avistamentos estranhos feitos por pilotos militares americanos surgiram depois que o The New York Times publicou uma série de vídeos misteriosos em 2017, capturados por militares e mostrando objetos não identificados que pareciam desafiar as leis da física.
O relatório de junho, porém, fez pouco para esclarecer o que os vídeos mostravam.
O relatório dizia:
“A quantidade limitada de relatórios de alta qualidade sobre fenômenos aéreos não identificados (UAPs) dificulta nossa capacidade de tirar conclusões firmes sobre a natureza ou intenção dos UAPs.”
[Onde se lê “UAPs”, leia-se “OVNIs”.
Mas para Christopher Mellon, ex-subsecretário adjunto de defesa para inteligência durante os governos de Clinton e George W. Bush, o relatório é muito mais perspicaz do que pode parecer superficialmente – e um lembrete de que podemos estar diante de um grande fracasso em segurança nacional.
Ele escreveu em um post em seu site pessoal:
“Na minha opinião, as descobertas do relatório UAP fortalecem o caso da hipótese alienígena ao minar as principais alternativas e fornecer exemplos de capacidades que não podemos emular ou mesmo compreender – precisamente o que se esperaria se qualquer um desses relatórios envolver tecnologia alienígena genuína.”
Isso vai contra a reação da mídia ao resultado. Os principais veículos geralmente tendem a interpretar as notícias como mais uma prova de que os alienígenas, de fato, não vieram nos visitar.
Mellon argumentou:
“As discussões da mídia sobre os vídeos frequentemente degeneram em referências vagas à falibilidade humana e mecânica por um lado, e igualmente vagas, geralmente anedotas de segunda mão de incríveis avistamentos de OVNIs, por outro. Essas trocas não são interessantes nem esclarecedoras.”
O ex-oficial repetiu sua advertência de que os avistamentos deveriam ser “antes de mais nada” uma “questão de segurança nacional”, posição que ele manteve durante várias entrevistas de alto perfil nos últimos meses, incluindo as da CNN e CNBC.
Ele acrescetou:
“Alienígenas ou não, precisamos saber urgentemente quem está operando esses veículos misteriosos e altamente avançados em espaço aéreo restrito acima dos limites de teste americanos, grupos de ataque de porta-aviões, bases militares e instalações de armas nucleares.”
Na verdade, argumenta Mellon, há muitos relatos de eventos que ocorreram entre a 2ª Guerra Mundial e 2004 que não foram incluídos no relatório OVNI.
Ele diz em seu post:
“Os dados da pesquisa sugerem que há cerca de dez avistamentos de UAPs para cada avistamento relatado.
Não foram apresentadas provas de envolvimento de alienígenas, mesmo no nível classificado, mas o dilema permanece sem solução e as alternativas primárias para a hipótese alienígena foram claramente diminuídas pelo relatório. Quando a imprensa e nosso governo começarão a levar a sério a hipótese alienígena?”
Em outras palavras, não podemos deixar nenhuma pedra sobre pedra em nossa busca para encontrar respostas.
(Fonte)
Uma coisa eu sei ao certo: se esses objetos avistados pelos militares dos EUA se comportam como descrito em seu relatos, certamente não são de nenhum país deste mundo. Pelo menos, não dos países de sua superfície.
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