FAA libera declaração sobre OVNI avistado por pilotos da American Airlines

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Tempo de leitura: 3 min.

Atenção: OVNI (Objeto Voador Não Identificado) não significa necessariamente “nave alienígena”, podendo também ser algo de origem humana ou natural. Também vale informar que vídeos e fotos de OVNIs podem ser forjados em software ou de outra forma.

Crédito da imagem: The War Zone

Em 24 de fevereiro passado, foi publicado aqui no OH um artigo falando a respeito de um objeto cilíndrico que teria sido avistado por pilotos de um jato comercial da American Airlines nos Estados Unidos. (Para mais detalhes sobre o caso acesse o artigo original cujo link é mostrado acima.)

E, como sempre se espera em eventos como este, os “professores da impossibilidade” entram em ação imediatamente para desbancar qualquer insinuação de que tais objetos possam ser oriundos de uma tecnologia “extrahumana” ou mesmo secreta. É claro, o trabalho desse pessoal é muito importante, pois primeiro temos que eliminar todas as possibilidades de que estes casos tenham sido coisas mundanas. Porém, muitas vezes eles não dão o braço a torcer mesmo quando as evidências os provam errados. Mas o inverso disso também é verdadeiro com aqueles que querem acreditar a todo custo que qualquer OVNI possa ser alienígena.

Porém, neste caso, embora muitos tenham alegado que se tratou de um jato particular (Learjet 60) que voou acima da aeronave comercial, parece que isto não procede e o caso é mais complicado do que aparenta ser.

Mas antes de detalharmos o porquê disso não proceder, para relembrar os leitores, no vídeo abaixo está novamente a declaração do capitão da aeronave da American Airlines para o torre de controle:

[Para instruções de como ativar a legenda em português do(s) vídeo(s) abaixo, embora esta não seja precisa, clique aqui.]


Agora, indicando a impossibilidade de ter sido um jato particular que voou acima da aeronave comercial está a declaração oficial sobre o caso emitida pelo órgão regulador do tráfego aéreo nos Estados Unidos, a Federal Aviation Administration (FAA). Segundo o site thedrive.com, em sua seção The War Zone, a FAA declarou em um breve comunicado:

Um piloto relatou ter visto um objeto sobre o Novo México pouco depois do meio-dia, horário local, no domingo, 21 de fevereiro de 2021. Os controladores de tráfego aéreo da FAA não viram nenhum objeto na área nas telas de seus radares.

E por que esta declaração elimina a possibilidade de ter sido um jato particular que voou acima do voo 2292 da American Airlines?

Bem, Tyler Rogoway explica no The War Zone :

Embora muito poucos detalhes sejam fornecidos nesta mensagem oficial, sabemos agora que este não foi um caso de identidade trocada com outra aeronave normal que estava operando nas proximidades do voo 2292. Houve alguma especulação, e com razão, que os pilotos podem ter visto um Learjet 60 que passou em um ângulo na frente e acima do voo 2292 durante esta parte de seu voo. Um grande problema com essa teoria foi que isso ocorreu cerca de nove minutos antes da chamada de rádio supostamente ser feita. Além disso, o Learjet estava viajando 1.500 metros acima do Airbus e passou na frente dele em um ângulo de cerca de 13 quilômetros de distância. Não é algo fora do comum para o qual os pilotos deveriam ter reagido de uma forma tão intrigada.

Existem outros fatores, também, que tornam essa teoria improvável de ser verdadeira…

Captura de tela do flightradar24.com mostrando rota do jato particular (Learjet 60 em vermelho) comparada com a do voo AL2292 (em amarelo).

A rota de voo do Learjet na frente do AAL 2292 cerca de nove minutos antes da transmissão de rádio supostamente ser feita. A distância entre as duas aeronaves era de aproximadamente 13 quilômetros com uma separação vertical de 5.000 pés (1.500 metros).

O Learjet em questão voou de Salt Lake para Boca Raton sem quaisquer desvios de acordo com o software de rastreamento online. Independentemente disso, a FAA teria sabido sobre o Learjet e onde ele estava no tempo e no espaço em relação ao Airbus da American Airlines quando fez a chamada de rádio, especialmente após três dias de investigação. Portanto, salvo um descuido maciço na avaliação das informações disponíveis, podemos descartar a teoria do Learjet com base na declaração oficial da FAA.

Executamos uma solicitação FOIA (sigla em inglês para ‘Lei da Liberdade da Informação’) completa neste caso com a FAA. No momento, eles estão se recusando a fornecer mais informações, incluindo as gravações básicas de rádio entre a AAL 2292 e o Albuquerque Centre. Isso é mais comum do que não, mas no passado, em certas ocasiões, obtivemos informações adicionais da FAA sem ter que passar pelo processo FOIA quando elas estavam prontamente disponíveis.

(Fonte)

Também a possibilidade de ter sido um míssil disparado de alguma base militar na região é improvável, pois um míssil deixaria um rastro para trás que seria facilmente identificável pelos pilotos como tal. De qualquer forma, geralmente os militares avisam quando fazem estes tipos de testes e nunca o fariam com aeronaves comerciais sobrevoando a região.

Então, aí está: o objeto avistado pelos pilotos do voo AAL 2292 continua sendo um OVNI. Obviamente isto não significa que tenha sido uma nave alienígena, mas também a possibilidade existe, já que agora os OVNIs, pela maior parte, parecem ter abandonado o formado de disco, optando pelo modelo “Tic Tac”.

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