A diversidade de vida e na Terra tem origem extraterrestre, diz novo estudo

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A diversidade de vida e na Terra tem origem extraterrestre, diz novo estudoA biodiversidade na Terra tem origem extraterrestre, diz novo estudo

Cientistas japoneses liderados por Kentaro Terada, professor do Departamento de Ciências Naturais da Universidade de Osaka, descobriram que a razão para a grande diversidade de vida na Terra tem origem extraterrestre.

O professor Terada contou à RIA Novosti o que aconteceu no planeta há 800 milhões de anos e como está relacionado ao aparecimento de vários tipos de seres vivos.

Usando dados do satélite lunar japonês Kaguya, os pesquisadores descobriram que muitas das crateras na superfície lunar apareceram simultaneamente há 800 milhões de anos, quando um grande asteroide de até dez quilômetros de diâmetro se quebrou em milhares de pedaços. E embora na Lua isso tenha formado apenas crateras de impacto, na Terra, onde já existiam formas de vida simples, as consequências foram muito mais significativas.

Terada disse:

Se compararmos a intensidade com que os asteroides caíram, então na Terra ele era 20 vezes mais poderoso.

Pelo menos 4-5, multiplicado por 10, elevado a 16 kg de meteoros atingiram nosso sistema Terra-Lua, com um impacto entre 30 e 60 vezes o do meteorito responsável pela cratera Mexican Chicxulub.

Aumento do fósforo

Em 2017, um grupo de cientistas liderado por Christopher Reinhard apontou que um forte aumento na concentração de fósforo nos oceanos de 750 a 800 milhões de anos atrás poderia ter estimulado o desenvolvimento da diversidade de vida em nosso planeta.

Ele disse:

Conhecemos a qualidade e a quantidade dos corpos celestes que colidiram com a Terra, e também é verdade que uma grande quantidade de fósforo foi trazida para o oceano do espaço extraterrestre, dez vezes maior do que naquela altura. Podemos dizer com segurança que o ambiente marinho mudou com isso.

A diversidade de vida e na Terra tem origem extraterrestre, diz novo estudoCom a ajuda da câmera de terreno do orbitador lunar Kaguya, os pesquisadores estudaram a idade de formação de 59 crateras lunares, incluindo a famosa cratera Copernicus (imagem), de 93 quilômetros de diâmetro, concluindo que pelo menos oito delas foram formadas simultaneamente.

Ele ressaltou que ainda hoje podemos observar parcialmente um fenômeno semelhante, as chamadas marés vermelhas, um aumento excessivo do plâncton no mar, causado pelo enriquecimento da água com nutrientes, sua saturação com nutrientes devido ao aumento do teor de nitrogênio e fósforo.

O professor Terada informou:

Até agora, era geralmente aceito que havia pouco fósforo no oceano 700 milhões de anos atrás, mas havia muito na Terra, e também que 700-800 milhões de anos atrás, devido ao intemperismo e à atividade vulcânica, o fósforo entrou no oceano e a evolução biológica e reprodução das algas ocorreram. A fotossíntese estimulou a redução dos gases de efeito estufa – dióxido de carbono – na atmosfera, o que causou uma grande glaciação da Terra, transformando-a em uma ‘bola de neve.

Não discutimos este cenário. Mas oferecemos uma nova visão de que o forte aumento de fósforo nos oceanos foi de origem extraterrestre e causado pela ‘chuva de asteroides.

Segundo os cientistas, a abundância de corpos celestes que atingiram a Terra e trouxeram o fósforo com eles “teve um impacto na evolução biológica, embora não possamos dizer com certeza se foi imediato”.

O estudo foi publicado na Nature Communications.

(Fonte)


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