Espaço do Leitor: Encontro fantástico!

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Tempo de leitura: 7 min.

O presente relato vem de uma situação que mantenho há anos em minha memória, e que por beirar as fronteiras do “fantástico” e do “fantasioso”, escapam à minha capacidade de comprovar, de fato, o ocorrido. Só posso narrar a experiência, advertindo ao leitor que não me é possível aferir o nível de intromissão da minha imaginação nos fatos que porventura possam ter de desenrolado no passado.

Creio que minha experiência se deu pelo meio mais controverso dos debates ufológicos, pois não sei se tudo ocorreu através do fenômeno de desdobramento mental, ou se houve algo mais além da minha compreensão, o que torna, para mim, parte da impossibilidade de comprovação.

Tudo aconteceu no início dos anos 90, ocasião em que eu ainda morava com meus pais, na cidade de Goiânia – GO. Foi em um dia normal, e chegada a noite de um final de semana qualquer, sem nada fora do padrão, nada digno de registro. Eu e minha família fomos dormir no horário de costume, após as onze da noite.

Em determinada hora do sono, enquanto sonhava com algo cotidiano, não sei se permaneci dormindo de fato, ou se passei para o estado de “semiacordado”, mas me lembro claramente de uma sensação de eletricidade percorrendo todo o corpo, desde a planta dos pés até o topo da cabeça, que causava uma espécie de formigamento generalizado, sendo perceptível, inclusive, dentro do corpo.

Neste instante, me recordo de visualizar uma pessoa, em um terreno qualquer, ela estava de costas para mim, sendo revestida por uma luz absolutamente branca, que iluminava seu corpo. Contudo, em questão de segundos, uma forma vaporosa começou a ser formar logo acima do corpo, como que copiando a posição que tal pessoa se encontrava e, na medida que aquela figura “esfumaçada e esbranquiçada” ia se firmando acima daquela pessoa, seu corpo ia deixando de refletir a luz que incidia sobre ele, como se estivesse se desmaterializando. Quando o corpo finalmente desapareceu, a forma em vapor subiu pelo facho de luz, desaparecendo da minha vista.

Como eu gostava muito de desenhar naquela época, lá pelos meus quinze anos de idade, acabei fazendo alguns rabiscos que, todavia, ainda que bem “toscos” entendo serem interessantes de reproduzir aqui. Vejam abaixo, o desenho que fiz, a quase trinta anos atrás, sobre o ocorrido:

Senti um tipo de impulso, uma espécie de vontade intensa de ir até lá e fazer o mesmo, e assim prossegui, posicionando-me no mesmo lugar, sob o facho de luz, naquele “lugar imaginário” que eu percebia, talvez como subterfúgio mental para compreender o que estava vendo, como um grande terreno.

Ao mesmo tempo que aquela luz muito branca era focada diretamente sobre mim, aos poucos, pude perceber uma espécie de “desdobramento” corpóreo (controvérsias do meio Ufológico), onde “eu”, assim como havia visto pouco antes, me projetava um pouco acima do meu próprio corpo, e na medida que meu corpo ia se “apagando” dentro do facho de luz (ia sendo coberto por um tipo de sombra), uma duplicada esfumaçada de mim mesmo ia se tornando mais visível logo acima.

Lembro-me de que nesta hora, a luz tornou-se muito mais intensa, senti uma leve dor nos olhos, mas não consegui fecha-los, até chegar a um ponto que não podia mais ver nada. De uma hora para outra, a intensa luz virou profunda escuridão, e no mesmo instante um zumbido tomou conta dos meus ouvidos. Parecia algo como o som de uma cigarra de cada lado da minha cabeça.

Não tenho real noção do tempo que passei naquela “escuridão barulhenta”, o som que circundava minha cabeça atraía toda minha atenção, e eu não conseguia perceber mais nada do que poderia estar havendo ao meu redor.

Imerso naquele zunido intenso, até me assustei quando o barulho cessou de uma vez só, e só neste momento é que eu consegui abrir meus olhos, me vendo de pé, em uma sala cujas paredes, piso e teto eram brancas com alguns painéis de controle dispostos nas paredes e no centro da sala, feitos de algo que parecia um tipo de vidro fumê, com diversas imagens e informações, e funcionavam no melhor estilo “touch screen” (apenas lembrando que nos anos 90 eu nunca tinha visto uma tela “touch”, e aquilo era fantástico pra mim). Cada painel, seja das paredes ou do centro da sala, tinha uma espécie de moldura de cor dourada escurecida.

Haviam outras pessoas na sala, de aparência normal, vestindo roupas brancas, uma espécie de traje que lembrava até aqueles macacões de piloto de formula 1, porém lisos e brancos. Dentre estas pessoas, estava diante de um senhor simpático que usava sobre o tal “macacão”, um jaleco branco. Ele se parecia muito com o meu professor de química, e ao ver um rosto tão familiar, senti-me mais tranquilo. Aquele senhor olhava para mim e sorria tranquilamente.

“Você se sente bem?, como você está?” me perguntou este senhor.

Mas eu não pude responder de imediato, pois ouvia, à minha esquerda, o mesmo zumbido de cigarras, que me fez olhar na direção de onde vinha o som. Virando-me eu pude ver, espantado, uma fileira de cápsulas, cuja parte superior era translúcida, todas inclinadas a cerca de 30º, cuja extremidade mais baixa ficava mais ou menos na altura do meio do meu peito. No interior de algumas, havia uma espécie de corpo, com um tipo de casca rígida que parecia de vidro, onde era possível ver, no interior, um tipo de estrutura metálica, parecido com um esqueleto biônico, num tom que variava do rosa ao violeta, vibrando intensamente em seu interior. Era justamente esta intensa vibração que causava o barulho que vinha ouvindo!

Percebendo que aqueles corpos me chamaram a atenção, meu anfitrião começou a explicar:

“Estes corpos são temporários. É que você, com sua constituição biológica, não poderia sobreviver no meio que se encontra agora, por isso, no momento em que veio para cá, seu corpo foi ‘decodificado’, e as informações obtidas a partir deste processo permitiram ‘reeditar’ você em uma réplica, através de um destes, assim você pode estar aqui conosco, confortavelmente”.

Acima, o desenho que fiz, das tais “cápsulas”

Após aquela breve explanação, meu anfitrião me convidou para sair daquela sala e caminhar com ele até um outro ambiente, uma espécie de teatro, mas sem cadeiras e com o chão na horizontal (é que teatros geralmente possuem um plano inclinado para facilitar a visualização do palco). As paredes pareciam forradas com um tipo de “veludo vermelho bem escuro” e piso com um tipo de “carpete”. Ali, cerca de umas 250 pessoas conversavam entre si, reunidas em pequenos grupos, mais ou menos como aquelas “panelinhas de alunos” que se formam na hora do recreio…

Para tentar expor com um pouco mais de clareza, fiz, ainda naquela época, um desenho do que seria a aparente distribuição de lugares dentro da nave. O circulo maior seria o tal ‘teatro’ vermelho, ao passo que à esquerda, depois de um corredor, estavam as cápsulas, e ao redor do espaço teatral, haviam diversas comportas onde eu podia ver diversos ambientes de controle e maquinaria. Os “espaços vazios” foram assim representados porque não pude ver (ou entender) o que havia dentro.

Meu anfitrião começou a me explicar:

“Está vendo todas estas pessoas? O corpo que usa agora facilita integração entre todos nós, aqui estão reunidos diversos habitantes de diversos planetas! Assim como a grande maioria aqui reunida, eu não sou como você me percebe, é que este corpo faz com que você veja cada um aqui como um dos teus, ao passo cada um de nós, assim como eu, vê você como um semelhante. Eliminadas as diferenças, podemos interagir melhor, poupando você do estresse de lidar com algo que não está familiarizado, graças ao recurso que este corpo que você usa agora lhe proporciona”.

Depois de uma breve pausa (talvez para eu “digerir” tudo que estava sendo dito), ele continuou:

“Sua função aqui, neste momento, é se reunir com estas pessoas que você vê e compartilhar suas experiências de como é ser alguém da Terra. Como eu disse, aqui estão reunidas uma infinidade de espécies, de diferentes culturas e planetas, por isso a troca de experiências é importante, aqui somos todos voluntários, por isso é gratificante falar e ouvir, e com isso, aprender”.

Assim que ele saiu, comecei a me dirigir até para uma “panelinha” de pessoas que conversavam mais próximas a mim, e repetia para mim mesmo: “nossa, eles não são assim! Como será que eles são? Caramba, são de outro planeta!” (ou seja, embora o “corpo” me transmitisse extrema familiaridade com o ambiente e com as pessoas, o simples fato de eu saber onde estava em com quem, já deixava meus pensamentos à mil por hora!).

No meio do caminho, entretanto, me lembrei de que eu simplesmente não poderia continuar ali, pois tinha grande apego à família e aos amigos, e por isso não me sentia pronto para ir assim, daquela forma, sei lá para onde, e por quanto tempo, sem ao menos me despedir daquelas tantas pessoas que amava.

Por isso, voltei apressadamente até àquela sala onde estive e procurei aquele senhor. Contei-lhe tudo que pensava e sentia, expondo toda a minha preocupação em não poder voltar. Ele me olhou com um semblante preocupado, e me disse:

“Acho que não vai ser possível que você retorne agora. Estamos muito além do alcance do nosso transporte, e não é viável retornar (com a nave) ”.

A afirmação dele me fez estremecer, não pude acreditar que não voltaria, até que meus pensamentos foram interrompidos por um outro membro da tripulação, um rapaz mais novo, magro, cabelos escuros e pele clara (pelo menos era assim que eu o conseguia ver):

“Podemos tentar bombear (este foi o termo que ele usou) um sinal para a Terra, uma mensagem para seus familiares”

Meu anfitrião, contudo, interrompeu, dizendo que não podemos fazer isso, por motivos que não quis me explicar.

Mas o outro rapaz continuou:

“Talvez tenhamos uma alternativa. Veja que há outro transporte (entendi que ele se referia a outra nave) dentro do nosso alcance, e está em rota contrária à nossa. Eles não passarão pela Terra, mas a rota utilizada possibilitará que eles estejam dentro do alcance do transporte direto com o planeta, assim, podemos transportá-lo (eu) para o outro transporte (outra nave) e, de lá, quando estiverem em raio de alcance com a Terra, eles os transportam para casa”.

O meu anfitrião, que parecia ser superior hierárquico do rapaz que falava, concordou com a ideia e já pediu que fosse feito contato com o outro “transporte”, para que fosse possível executar o plano.

Creio que ele percebeu o “aperto” no meu coração, viu que eu estava dividido entre ir com eles, e voltar para minha família e amigos. Notando isso, ele me disse:

“Está tudo bem, não se preocupe! Nós passaremos por aqui novamente, daqui a alguns anos. Até lá, você pode se preparar para vir conosco. Nós voltaremos a nos ver.” (Infelizmente eu não consigo me lembrar do lapso de tempo dito! Esta é a única coisa que não consegui fixar na mente)

Com aquela possibilidade de reencontro futuro, me senti mais confortado, e pude me tranquilizar e prestar mais atenção no trabalho da equipe que estava na sala de controle, e que se esforçava para conseguir me mover de uma nave para outra.

Curioso que no meio de todos aqueles procedimentos, não consigo me lembrar de mais nada, como se tivesse tido um “apagão” a partir deste ponto. A única coisa que registrei foi tornar a ouvir aquele forte zunido no ouvido, e estar naquela familiar escuridão total, até que eu consegui visualizar um minúsculo ponto de luz, que foi se intensificando e ficando maior, até que eu percebesse que aquele ponto de luz era um tipo de “buraco” que foi se abrindo até eu poder ver, de uma considerável altura, a minha casa lá embaixo.

Eu me percebi atravessando aquele “buraco” (como quem passa por uma espécie de portal redondo), saindo daquela escuridão e entrando num dia claro de sol. Fui como que “sobrevoando” a área e descendo, mas não me via, não conseguia ver meu corpo, sentia-me ofuscado pela luz do dia e meus olhos doíam novamente, até que senti aquela intensa sensação de eletricidade percorrendo tudo. Neste momento de levar o “choque”, tudo escureceu e, quando tudo cessou, eu consegui abrir os olhos e, tomando consciência da minha situação, vi que eu estava deitado em minha cama, dentro do meu quarto, sentindo-me um pouco entorpecido, como quem acorda de um sono muito profundo.

Desde aquela época, lá pelos meus quinze anos, até os dias de hoje, com quase quarenta e cinco, exceto pelo prazo dado para o retorno daqueles que passei a considerar “amigos”, a recordação de cada instante permanece viva na minha mente.

Se eu sumir da área dos comentários, agora todos vocês já sabem o motivo! rsrsrs

Felipe Carvalho

ufologia.tocantins@gmail.com


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