Sonda da NASA detecta algo que indica a possibilidade de vida em Marte

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Os cientistas da missão Curiosity captaram um sinal esta semana e estão buscando leituras adicionais que demonstrem a possibilidade de vida em Marte.

Um auto-retrato do jipe-sonda Curiosity da NASA, em Marte em junho de 2018. Credito: NASA, via Agence France-Presse – Getty Images

Aparentemente, Marte está arrotando uma grande quantidade de gás que pode ser um sinal de micróbios que vivem hoje no planeta.

Em uma medição realizada na quarta-feira (10), o veículo Curiosity da NASA descobriu quantidades surpreendentemente altas de metano no ar de Marte, um gás que na Terra é normalmente produzido por seres vivos. Os dados chegaram à Terra na quinta-feira e, na sexta-feira, cientistas que trabalham na missão estavam discutindo animadamente a notícia, que ainda não foi anunciada oficialmente pela NASA.

Ashwin R. Vasavada, cientista do projeto para a missão, escreveu em um email obtido pelo The Times:

Diante desse resultado surpreendente, reorganizamos o fim de semana para realizar um experimento de acompanhamento.

Os controladores da missão na Terra enviaram novas instruções ao jipe-sonda na sexta-feira, para acompanhar as leituras, deixando de lado o trabalho científico previamente planejado. Os resultados dessas observações são esperados de volta ao solo na segunda-feira.

As pessoas há muito tempo são fascinadas pela possibilidade de alienígenas em Marte. Mas os jipes-sonda Viking da NASA nos anos 1970 fotografaram uma paisagem desolada. Duas décadas depois, cientistas planetários pensaram que Marte poderia ter sido mais quente, mais úmido e mais habitável em sua juventude, cerca de 4 bilhões de anos atrás. Agora, eles estão entretendo a noção de que se a vida alguma vez surgisse em Marte, seus descendentes microbianos poderiam ter migrado para o subsolo e persistido.

O metano, se estiver lá no fino ar de Marte, é significativo, porque a luz solar e as reações químicas quebrariam as moléculas dentro de alguns séculos. Assim, qualquer metano detectado agora deve ter sido lançado recentemente.

Na Terra, micróbios conhecidos como metanogênicos prosperam em lugares sem oxigênio, como rochas subterrâneas profundas e tratos digestivos de animais, e liberam metano como resíduo. No entanto, reações geotérmicas desprovidas de biologia também podem gerar metano.

Também é possível que o metano seja antigo, preso dentro de Marte por milhões de anos, mas escapando intermitentemente através de rachaduras.

A NASA reconheceu a detecção de metano em um comunicado no sábado (22) à tarde, mas chamou de “resultado precoce”.

O porta-voz da agência acrescentou:

Para manter a integridade científica, a equipe de ciências do projeto continuará a analisar os dados antes de confirmar os resultados.

Os cientistas relataram pela primeira vez detecções de metano em Marte há uma década e meia usando medições da sonda Mars Express, uma espaçonave orbital construída pela Agência Espacial Européia e ainda em operação, assim como de telescópios na Terra. No entanto, essas descobertas estavam à margem do poder de detecção dessas ferramentas, e muitos pesquisadores acreditavam que o metano poderia ser apenas uma miragem de dados equivocados.

Quando a Curiosity chegou a Marte em 2012, ela procurou por metano e não encontrou nada, ou pelo menos menos de 1 parte por bilhão na atmosfera. Então, em 2013, detectou um pico repentino, de até 7 partes por bilhão, que durou pelo menos dois meses.

O metano diminuiu.

A medição desta semana encontrou 21 partes por bilhão de metano, ou três vezes o pico de 2013.

Mesmo antes da descoberta desta semana, o mistério do metano foi se aprofundando.

Os cientistas da Curiosity desenvolveram uma técnica que permitia ao jipe-sonda detectar quantidades ainda menores de metano com suas ferramentas existentes. O gás parece subir e descer com as estações do planeta vermelho. Uma nova análise das antigas leituras da Mars Express confirmou as descobertas da Curiosity em 2013. Um dia depois da Curiosity ter relatado um pico de metano, a sonda em órbita, passando pela localização do Curiosity, também mediu um pico.

Mas o Trace Gas Orbiter, uma nova espaçonave européia lançada em 2016 com instrumentos mais sensíveis, não detectou nenhum metano em seu primeiro lote de observações científicas no ano passado.

Marco Giuranna, cientista do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália, que lidera as medições de metano da Mars Express, disse que cientistas das missões Curiosity, Mars Express e Trace Gas Orbiter estão discutindo as descobertas mais recentes. Ele confirmou que foi informada a leitura de 21 partes por bilhão, mas acrescentou que a conclusão é preliminar.

Ele disse que a Mars Express ultrapassou a Cratera Gale, a depressão de 150 quilômetros que a Curiosity vem estudando, no mesmo dia em que a Curiosity fez suas medições. Existem outras observações sobre datas anteriores e posteriores, disse Giuranna, incluindo observações conjuntas com o Trace Gas Orbiter.

Giuranna informou em um e-mail:

Muitos dados serão processados. Vou ter alguns resultados preliminares até a próxima semana.

Os jipes-sonda programados para lançamento no próximo ano – um pela NASA, um por uma colaboração russo-européia – levarão instrumentos projetados para procurar os blocos de construção da vida, embora nenhum deles seja projetado para responder à questão sobre se há vida em Marte hoje.

(Fonte)

Colaboração: Osnir Stremel Jr.


Esta é uma importante descoberta que poderá indicar de forma mais incisiva que há vida em Marte.

Mas, por todas as indicações de vida em Marte que já foram descobertas pelas sondas da própria NASA, avaliadas e comprovadas por seus cientistas, e posteriormente reportadas pela agência como alarmes falsos, e até mesmo enganos, não espere muito novamente. Contudo, espero estar enganado e que desta vez a NASA realmente considere um fato cujo contrário é praticamente impossível: há vida fora da Terra e está espalhada por todo o Universo!

Para uma agência espacial que tem como uma de suas metas a descoberta de vida extraterrestre, ela sempre se mostra com muito medo dessa possibilidade. Infelizmente sua agenda não permite que esta verdade seja divulgada para a humanidade… pelo menos até agora.

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