Inteligência extraterrestre avançada pode estar se comunicando com feixes de neutrinos

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Em 1960, o famoso físico teórico Freeman Dyson fez uma proposta radical sobre inteligência extraterrestre avançada (IET), em um artigo intitulado “Busca por Fontes Estelares Artificiais de Radiação Infravermelha”.

 Esta imagem mostra uma representação visual de uma das mais altas detecções de neutrinos de energia sobrepostas em uma visão do IceCube Lab no Pólo Sul. Crédito: IceCube

Freeman Dyson sugeriu que a inteligência extraterrestre avançada poderia ser encontrada procurando sinais de estruturas artificiais tão grandes que abrangessem sistemas estelares inteiros (também conhecidos como megaestruturas). Desde então, muitos cientistas criaram suas próprias idéias para possíveis megaestruturas.

Como a esfera proposta por Dyson, essas ideias foram sugeridas como uma maneira de dar aos cientistas envolvidos na busca por inteligência extraterrestre (SETI, para sigla em inglês de Search for Extraterrestrial Intelligence) algo para procurar. Somando-se a esse campo fascinante, o Dr. Albert Jackson, da empresa de tecnologia Triton Systems, de Houston, divulgou recentemente um estudo no qual ele propôs como uma IET avançada poderia confiar em uma estrela de nêutrons ou buraco negro para focalizar os feixes de neutrinos para criar um farol.

Resumindo brevemente, a existência de megaestruturas depende inteiramente de onde uma civilização extraterrestre se encaixaria na Escala de Kardashev (ou seja, se elas são uma civilização planetária, estelar ou galáctica). Nesse caso, Jackson sugere que uma civilização do Tipo II seria capaz de envolver uma estrela de nêutrons ou um buraco negro através da criação de uma grande constelação de satélites transmissores de neutrinos.

Dr. Jackson começa seu estudo com uma citação do ensaio de 1966 de Freeman Dyson, “A Busca por Tecnologia Extraterrestre”, no qual ele resumiu seus objetivos:

Então a primeira regra do meu jogo é: Pense nas maiores atividades artificiais possíveis com limites estabelecidos somente pelas leis da física e procurer por elas.

Em um estudo anterior, o Dr. Jackson sugeriu como as IETs avançadas poderiam usar um pequeno buraco negro como lente gravitacional para enviar sinais de ondas gravitacionais através da galáxia. Esse conceito se baseia em trabalhos recentes de outros pesquisadores que sugeriram que as ondas gravitacionais (de sigla em inglês, GWs), que se tornaram o foco de pesquisas consideráveis ​​desde que foram detectadas pela primeira vez em 2016, poderiam ser usadas para transmitir informações.

 Em outro trabalho, ele também propôs que uma civilização suficientemente avançada poderia usar o mesmo tipo de lente para criar um farol laser. Em ambos os casos, os requisitos tecnológicos seriam surpreendentes e exigiriam uma infraestrutura em escala estelar. Levando isso um passo adiante, Dr. Jackson explora a possibilidade de usar neutrinos para transmitir informações, uma vez que, como as GWs, viajam bem através do meio interestelar.

Em comparação com feixes concentrados de fótons (também conhecidos como lasers), os neutrinos têm uma série de vantagens no que diz respeito aos faróis. Dr. Jackson disse ao Universe Today via e-mail:

Neutrinos chegam quase sem atenuação de qualquer direção de fonte, [o que] teria uma grande vantagem no plano galáctico. Fótons em comprimentos de onda como o infravermelho também são bons com gás e poeira. Ainda assim, há alguma absorção. Os neutrinos podem viajar pelo universo quase sem absorção.

Quanto ao processo através do qual tal farol poderia ser criado, Jackson mais uma vez se refere à regra orientadora de Freeman Dyson sobre como as IETs poderiam criar qualquer tipo de megaestrutura. Essa regra é simplesmente “se a física permitir, é possivelmente tecnologicamente viável”. No caso de uma civilização Tipo II, os requisitos de engenharia estariam além da nossa compreensão, mas o princípio permanece sólido.

Basicamente, o conceito tira proveito de um fenômeno conhecido como lente gravitacional, em que um objeto de intervenção maciça se concentra e amplia a luz proveniente de um objeto mais distante. Neste caso, a fonte de luz seria os neutrinos, e o efeito de focá-los criaria um sinal de baliza mais forte.

Como Jackson explicou

Coloque uma fonte de neutrinos em órbita sobre um buraco negro ou estrela de nêutrons. O buraco negro ou [a] estrela de nêutrons são melhores, porque são objetos muito compactos. Um buraco negro ou estrela de nêutrons é uma lente gravitacional, [que] concentra os neutrinos (pode ser fótons ou gravitons) em um feixe intenso. Este feixe, quando visto à distância, é tão ‘apertado’, que é preciso colocar uma constelação de ‘transmissores’ de neutrinos sobre as lentes gravitacionais em para obter um transmissor isotrópico aproximado. Neste caso, o número de ‘transmissores’ é de cerca de [1018], ou cerca de um bilhão de vezes o número de estrelas na galáxia da Via Láctea.

Assim como a construção de uma esfera de Dyson, esse tipo de empreendimento de engenharia só seria possível para uma espécie que efetivamente tivesse se tornado uma civilização do Tipo II. Em outras palavras, uma civilização capaz de aproveitar e canalizar a energia irradiada por sua própria estrela, que equivale a cerca de 4 × 1033 erg / s (ou 4 × 1026 watts) de energia – vários trilhões de vezes o que a humanidade consome em um ano base.

Isso tem implicações interessantes para o SETI.

Dado que uma espécie extraterrestre suficientemente avançada poderia estar se comunicando via neutrinos, os cientistas poderiam usar detectores existentes para identificar as fontes. A esse respeito, feixes concentrados de neutrinos poderiam ser acrescentados à lista de possíveis ‘identificações tecnológicas – ou seja, sinais de atividade tecnológica – sendo procurados por pesquisadores do SETI.

Jackson disse:

Há uma série de ‘telescópios de neutrinos’ em todo o mundo. Se existe um farol de inteligência extraterrestre avançada, ele poderia produzir um número muito anômalo de eventos de neutrinos, bem acima das fontes naturais de neutrinos, como o Sol ou uma supernova … isso seria um acréscimo aos candidatos a sinais de atividade tecnológica avançada.

Para resumir as coisas com outra citação de um dos famosos ensaios de Dyson:

Quando olhamos para o universo em busca de sinais de atividades artificiais, é a tecnologia e não a inteligência que devemos procurar. Seria muito mais recompensador buscar diretamente a inteligência, mas a tecnologia é a única coisa que temos alguma chance de ver…

(Fonte)


So os cientistas realmente seguissem o conselho de Dyson, de procurar pela tecnologia e não pela inteligência extraterrestre, já estariam estudando o fenômeno OVNI que ocorre aqui mesmo em nosso planeta.

Agora, comprovadamente real através de declarações dos próprios militares dos EUA, a tecnologia observada por testemunhas desses avistamentos em muito supera qualquer tecnologia já construída pela raça humana da Terra.

Enquanto os cientistas procuram por sinais de inteligência extraterrestre nos confins do Universo, ela pode estar aqui mesmo, sobre nossas cabeças, indo e vindo sem que ninguém pergunte a ela o porquê de estar aqui.

Lá fora, as inteligências extraterrestres podem até estar se comunicando através de feixes de neutrinos, mas e aqui, como esses OVNIs estão se comunicando entre si?

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