Astrônomos brasileiros descobrem outra estrela com possível estrutura alienígena

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Lembra da Estrela Tabby, aquela estrela que alguns astrônomos achavam que tinha uma estrutura alienígena artificial ao seu redor, devido ao fato dela mudar a intensidade do seu brilho erraticamente?

Houve muita discussão entre astrônomos sobre o que poderia realmente estar causando a variação no brilho daquela estrela, com alguns astrônomos afirmando que se tratava somente de poeira cósmica passando na frente do campo de visão do telescópio. Contudo, essa afirmação não é conclusiva, pois não explica totalmente o fenômeno.

Agora outra estrela similar foi encontrada por astrônomos brasileiros, a qual apresenta o mesmo fenômeno, porém de forma mais intensa. Veja:

Há outra estrela com o brilho estranho na galáxia.

Astrônomos usando um telescópio no Chile descobriram uma estrela cuja estranha diminuição e aumento do brilho da luz lembra a estrela de Tabby, que já foi sugerida abrigar uma megaestrutura alienígena.

A ideia de megaestrutura, apresentada primeiramente em 2015, foi posteriormente anulada por dados que sugerem que as quedas de luminosidade são provavelmente devidas a partículas de poeira que obscurecem a luz da estrela. O comportamento da nova estrela provavelmente não é devido a alienígenas. Mas é desconcertante, diz o astrônomo Roberto Saito, da Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis, Brasil. Ele e seus colegas relataram a variação de luminosidade da estrela em 6 de novembro no arXiv.org.

Ele diz:

Não sabemos o que é o objeto. E isso é interessante.

A estrela poderia ter algum tipo de detritos em órbita que periodicamente bloqueia a luz da estrela, mas Saito e seus colegas dizem que precisam de mais observações para descobrirem se isso é possível ou se a cintilação é causada por outra coisa.

Os pesquisadores estavam procurando por supernovas, brilhos intensos de estrelas explodidas, quando a equipe detectou o objeto em dados obtidos com o telescópio VISTA no deserto de Atacama, no norte do Chile. Os dados faziam parte de um levantamento maior do centro da galáxia chamado de​​VISTA Variables na Vía Láctea, ou VVV.

Em vez de aumentar seu brilho, esta estrela de repente o diminuiu. A equipe a chamou de VVV-WIT-07, (WIT é sigla para What Is This, ou ‘O que é isso?’)

De 2010 a 2018, o brilho da estrela aumentou e diminuiu sem um padrão definido. Essa falta de padrão é semelhante à estrela de Tabby, exceto que a luz da VVV-WIT-07 caiu em até 80%, enquanto a estrela de Tabby diminuiu apenas cerca de 20%.

Há outra estrela cintilante, a J1407, que pode ser uma correspondência mais próxima. Essa estrela escurece periodicamente em até 95%, disse o astrônomo Eric Mamajek, da Universidade de Rochester, em Nova York, em 2012. Os astrônomos acreditam que a J1407 hospeda um planeta em órbita com um enorme sistema de anéis que periodicamente eclipsa a estrela.

Encontrar várias estrelas cujos brilhos variam esporadicamente pode significar que as fontes de tais oscilações, sejam elas quais forem, devem ser relativamente rotineiras, diz a astrônoma Tabetha Boyajian, da Louisiana State University em Baton Rouge, que descobriu a estrela Tabby.

Ela diz:

Se este fenômeno é o mesmo que acontece com a estrela de Tabby, então não podemos invocar uma explicação elaborada para o que está acontecendo em ambos os sistemas.

Se você está começando a ver estrelas semelhantes a isso em todo o lugar, então isso é algo realmente comum que acontece na natureza. Isso é muito legal.

Mas ela ainda não está convencida de que as estrelas são semelhantes.

Devido ao fato de que a VVV-WIT-07 está localizada no plano da galáxia, a visão da Terra para a estrela é cheia de poeira, tornando difícil distinguir detalhes, como a distância da estrela e até mesmo que tipo de estrela é. Se for uma estrela jovem e variável, por exemplo, suas baixas luzes podem ser internas. Então os astrônomos não precisariam invocar anéis orbitais ou outras coisas estranhas.

“Quase tudo está na mesa para isso agora”, diz Boyajian. “Precisamos de mais dados.”

Saito e seus colegas esperam acompanhar a estrela com telescópios maiores, como o telescópio Gemini de 8,1 metros, ou o Atacama Large Millimeter Array, ambos no Chile.

(Fonte)


Para aqueles que não acompanharam as matérias da estrela Tabby postadas aqui no OH, alguns astrônomos suspeitavam (e ainda suspeitam) que a variação no seu brilho poderia ser causado por uma estrutura artificial alienígena teórica chamada de Esfera de Dyson, a qual seria uma megaestrutura construída ao redor da estrela para captar e enviar sua energia para tal civilização.

Talvez essa teoria não seja tão absurda assim, e estas diminuições nos brilhos dessas estrelas podem ser causadas por isso mesmo. Afinal, não há mensuração feita por telescópios humanos que possam comprovar categoricamente de uma forma ou de outra, e os astrônomos da tendência predominante, como de costume, tendem a descartar de pronto qualquer possibilidade de que algo possa ser causado por inteligências fora da Terra. Mas fato é que somente mesmo indo até essas estrelas é que poderíamos comprovar categoricamente a causa dessas variações.

Enquanto isto, teses abundam e os fatos ficam conturbados. Afinal, a história da ciência está repleta de afirmações feitas de forma categórica e aceitas pela comunidade científica como fato, as quais foram desbancadas pelos próprios cientistas após alguns anos. 

E aproveitando o momento, deixo claro que, ao contrário do que minhas opiniões possam parecer a dados momentos, não sou contrário à ciência de forma alguma, pois ela é sim responsável por todo o avanço tecnológico da raça humana. Mas sou contrário sim àqueles que conduzem a ciência como se fosse uma religião, não querendo abrir seus olhos além dos dogmas impostos a eles por toda a comunidade científica. Embora tenhamos avançado muito devido à ciência, poderíamos estar muito mais à frente se as mentes científicas em geral fossem mais abertas às possibilidades proibidas pelos seus dogmas. 

n3m3

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