Existem enormes túneis subterrâneos na Lua

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Tempo de leitura: 3 min.

Recentemente, cientistas descobriram distribuições anômalas da gravidade na Lua, sugerindo a existência de espaços vazios em seu subsolo.

Um grupo de pesquisadores japoneses dizem ter encontrado enormes túneis subterrâneos na Lua. Esses túneis poderiam ser usados num futuro próximo como esconderijos perfeitos para astronautas humanos, de acordo com o que foi falado na 48ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária.

Segundo o estudo – publicado no periódico Geophysical Research Letters — os especialistas japoneses conseguiram encontrar as gigantes formações graças à sonda espacial Kaguya.

Usando aparelhos de alta precisão, eles descobriram aberturas escondidas quilômetros abaixo da superfície da Lua. Curiosamente, no futuro, quando a raça humana começar a colonizar a Lua, estes enormes túneis poderão se tornar parte importante do esforço para construir postos avançados na Lua.

Estas imagens da Kaguya mostram o poço das Colinas Marius no contexto de sistema sinuoso de canais vulcânicos. Devido ao fato do poço estar no meio do canal, ele provavelmente representa um colapso no teto de um tubo de lava. Crédito : Jaxa/Selene

Especialistas descobriram um poço profundo, dezenas de metros em diâmetro, localizado nas assim chamadas Colinas Marius, em 2009. Em 2016, uma missão da NASA descobriu anomalias gravitacionais que possivelmente indicavam aberturas.

Como apontado no estudo:

Em 2009, três enormes poços foram descobertos na Lua, nos dados de imagem adquiridos pela Câmera de Terreno SELENE.  Seus diâmetros e profundidades são várias dezenas de metros, ou mais. Provavelmente são aberturas no teto de cavernas, tais como tubos de lava, por analogia com poços similares encontrados em Marte. Esta possibilidade foi aumentada significativamente pelas observações oblíquas LRO; grandes aberturas foram observadas horizontalmente nos pisos dos poços. Os tubos de lava normalmente são alongados na direção horizontal. Em contraste, câmeras de magma podem não ter grandes extensões horizontais, mas ao invés disso, quedas como um sumidouro ao redor das paredes internas.

Cientistas, liderados por Junichi Haruayama, concluíram que estas não eram cavidades ou poços, mas sim túneis que penetram a rocha lunar à uma profundidade de vários quilômetros.

O poço das Colinas Marius, encontrado em 2009 pelos cientistas da Agência de Exploração Espacial do Japão (sigla JAXA). O poço tem 65 metros de diâmetro e poderia ser o teto que leva para um tubo de lava, dizem os cientistas. Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University

Se os humanos, por intermédio de um jipe-sonda ou a pé, alguma vez acessarem os tubos, “a ciência seria maravilhosa”, comentou Brent Garry, um geofísico do Centro de Voo Espacial da NASA. O interior do tubo incita superfícies pristinas, ausentes de solo lunar, ou do bombardeio de micrometeoritos, disse ele. Além disso, estas superfícies poderiam oferecer respostas para as questões sobre a origem e formação da Lua.

Os túneis subterrâneos poderiam ser um lugar ideal, onde poderemos criar nossos poços lunares avançados num futuro próximo. Especialistas indicam que estes são ótimos locais para futuras colônias humanas, já que eles protegem os futuros astronautas da radiação e das variações de temperatura.

Porém, a existência de túneis na Lua não é algo novo, disse Vladislav Shevchenko, diretor do Departamento de Pesquisa Planetária e Lunar, do Instituto Astronômico Estadual Sternberg, da Universidade de Moscou.

O site russo BFM.ru escreve:

Estas formações foram descobertas há vários anos. Na época, os especialistas se apressaram em suas conclusões da interpretação de suas origens: tubos vulcânicos, porque eles estão localizados nos mares lunares vulcânicos.  Estas formações levavam lava para a superfície. O material comprimido e resfriado, e as aberturas são criadas.

n3m3

Fonte

astronomiaLuaOHtúneis
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  • DouglasFF84

    vai dizer q a neusa ja nao sabia isso mto antes…

  • Guerreiro

    A Lua guarda mais mistérios do que a gente possa imaginar. Estou aguardando o retorno do homem a esse nosso satélite natural, para que possamos começar de uma vez por todas a nossa jornada nas estrelas.

    • 666Dark

      Vc quis dizer “a volta dos que não foram”, heheheheheee…

  • Messier 45

    Bom dia OH!
    A presença desses túneis/cavernas pode ser uma opção útil para futuras bases humanas.
    Se instaladas ali essas bases terão uma cobertura natural contra a radiação (gerando uma possível economia nos custos).
    Se, como alguns alegam, existirem bases extraterrestres na Lua, acho possível que sejam subterrâneas também.

  • Lênio™

    Buraco na Lua? Só fechar Kaguya.

  • Tmago

    Se tem algo p ser encoberto está a Lua. Algo vem acontecendo lá, por isso falam em Marte e agora em Trappist, nos direcionando p outro lado. Túnel produzido artificialmente ou a lua era um pedaço de algum planeta c água, e essa teria feito esses túneis/cavernas ? Desconfio dali.

  • Paulo Henrique dos Santos

    Eu sempre soube que a Lua é feita de queijo, só não sabia que era queijo suiço.

  • TRUYTS

    Bem, me recordo de vários comentários dizendo que a Lua é oca. Que ela soa como um sino quando do pouso das missões Apollo. Se é oca deve ter acessos ao seu interior e esses acessos parecem ter sido descobertos. Agora nos resta saber o que tem dentro da Lua. Poderiam enviam uma missão espacial a Lua bem ao estilo cinematográfico ou melhor, estilo BBB. Assim poderíamos ver os astronautas e cientistas nessa missão tão fascinante de explorar o Centro da Lua.

  • cyrocs

    É bom esclarecer que as fortes vibrações obtidas em dois experimentos na Lua não
    são uma indicação de que ela seja oca. Nenhum cientista jamais defendeu essa
    hipótese, isso é pura especulação de leigos. Segue uma explicação para o fenômeno:

    “But something interesting happened on Apollo 12. After Pete Conrad and
    Al Bean landed at the Ocean of Storms on November 14, 1969, they left the lunar
    surface 142 hours into the flight. Eight hours later, they were reunited with
    Dick Gordon in the command module and sent their spent lunar module back to the
    Moon. It impacted about 40 miles away from the Apollo 12 landing site with the
    force of one ton of TNT. The resulting shockwave built up and peaked in just eight minutes. Then it took an hour to fully dissipate.

    Something similar happened on Apollo 13. The S-IVB impacted the Moon 85
    miles from Apollo 12’s ALSEP — CMP Jack Swigert joked at the time that it was
    the only thing on that mission to go right. It hit with the force of 11 and a
    half tons of TNT. This translated to a seismic impact peaked after seven minute with shockwaves 30 times greater and four times longer than those from Apollo 12’s LM impact.

    The vibrations from these two impacts lasted longer than scientists
    expected, far longer than any equivalent vibrations last on Earth. It was
    almost as if the Moon was ringing like a bell. This strange result forced scientists to think differently about the Moon and its composition.

    It turns out that these impacts were characteristic of one of four types
    of moonquakes scientists studied from ALSEP data. Some moonquakes originate
    deep below the surface because of lunar tides, some are thermal quakes caused
    by the Sun thawing the frozen surface at the start of a new lunar day, and
    others are caused by impacting meteors. The fourth kind of moonquake is a shallow
    moonquake occurring roughly a couple of tens of miles below the surface. The
    lunar module and S-IVB both produced this kind of vibration, and these are the
    most violent types of moonquakes.

    Between 1972 and 1977, scientists recorded 28 shallow moonquakes
    registering as high as 5.5 on the Richter scale. On Earth, that will move heavy
    furniture and crack plaster, but the vibrations usually die down in a matter of
    minutes.

    It all comes down to water. There’s moisture in the materials that makes
    up our planet, expanding their structure. As energy from an earthquake moves
    through our planet, that damp material acts like a sponge, absorbing the energy
    of the waves and ultimately deadening their effects. But the Moon is dry, cool,
    and rigid, more like a solid rock than a sponge. So even if a moonquake is less intense, there’s nothing to deaden the vibrations. They just go back and forth through the body until the solid stone
    eventually stops them. The “ringing bell” is the shock waves
    reverberating through that stone.”