Impactos de meteoros na Terra podem não ser aleatórios

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Tempo de leitura: 3 min.

Astrônomos tendem a presumir que a frequência de impactos de meteoros na Terra seja completamente aleatória, mas recente análise sugere que os impactos são mais prováveis de ocorrer em certas épocas do anos e em certos locais.

Esta é a conclusão dos pesquisadores Carlos e Raul da la Fuente Marcos, da Complutense – Universidade de Madrid, na Espanha.  Seu novo trabalho, que ainda está para ser publicado, mostra que a frequência de impactos são maiores em certas épocas do ano – épocas quando a órbita terrestre nos leva através de fluxos de metoroides. A subsequente periodicidade e a falta de aleatoriedade são causadas pelas perturbações planetárias, especialmente por Júpiter.  De fato, este estudo sugere que alguns dos recentes impactos na Terra podem ser ligados aos ressonantes grupos de Objetos Próximos à Terra (em inglês Near Earth Objects – NEOs) e possivelmente aos fluxos muito jovens de meteoroides (que são gerados pela quebra de um asteroide ou cometa).

Asteroides e meteoros algumas vezes são agrupados por planetas e luas em órbitas frouxas chamada de “correntes ressonantes“.  De periodicamente eles são separados por grandes planetas.

Figura 1. Distribuição de evento no calendário geográfico (topo) e calendário-dia (abaixo), da Tabela A1. No diagrama de distribuição do ano-dia, os pontos verdes correspondem aos impactos no Hemisfério Norte e os azuis no Hemisfério Sul. Há 17 impactos no Hemisfério Norte e 16 no Hemisfério Sul.  A distribuição ‘calendário-dia’ para impactos no Hemisfério Norte é quase uniforme. Em contraste, a distribuição para o Hemisfério Sul é muito assimétrica. O risco geral de impacto para o Hemisfério Sul é 50 por cento maior do que a do Hemisfério Norte, de setembro a dezembro.

Para alcançar esta conclusão, os investigadores estudaram 33 eventos de impacto de multi-quilotons, de 2000 a 2013, que foram detectados por sensores infravermelhos de pressão acústica, operados pela Comprehensive Nuclear-Test Ban Treaty Organization.

A Corporação Australiana de Transmissão explica mais:

Eles encontraram 17 impactos que ocorreram no Hemisfério Norte e 16 no Sul.  Vinte e cinco impactos ocorreram dentro de 40 graus norte ou sul do equador, enquanto somente oito ocorreram nas latitudes mais altas.

Significativamente, os autores descobriram uma diferença de 21 por cento na frequência dos meteoros, com 20 impactos no segundo semestre do ano, comparado com somente 13 no primeiro.

Para as pessoas no Hemisfério Sul, junho foi o mês mais provável para um meteoro atingir a Terra, enquanto setembro e outubro  foram os menos prováveis.  Contudo, de forma geral, mais impactos de meteoros foram registrados no segundo semestre – 12 comparados com 4 no primeiro semestre.

Ao norte do equador, novembro foi o mês mais provável para um meteoro atingir a Terra, enquanto maio de junho foram os menos prováveis.  A distribuição foi praticamente igual por todo o ano, com 9 impactos ocorrendo na primeira metade do ano e 8 na segunda metade.

Porém, os autores acreditam que a frequência mudará à medida que velhos fluxos de meteoroides dissipam, quando os novos se formam.

E, como os pesquisadores concluem em seu estudo, “uma intrigante consequência deste cenário é a de que o risco de impacto de objetos como o de Chelyabinsk deve ser elevado em certas épocas do ano“.

Certamente é um estudo interessante, mas os 33 eventos que foram usados como amostras não são suficientes.  Esta é uma hipótese e claramente se faz necessária a coleta de mais dados.

n3m3

Fonte: io9.com

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  • Etevaldo

    Estatística. A arte de torturar os números até que eles lhes digam o que quiser.

  • SENAM

    Média aritmética. Um come todo um frango assado enquanto o outro olha com fome mas…estatisticamente- duas pessoas  e um frango logo um frango dividido por 2 pessoas da meio frango pra cada um e não há fome. Provado estatisticamente é ciencia e pronto, a ciencia não mente.
    Abraços a todos.

  • Bruce Lee Cetico

    Faz todo sentido.
    Alguns acreditam que as extinções em massa ocorrerem de forma cíclica.
    Talvez esses venham da nuvem de Ort e são arremessados para o centro do sistema solar devido a influência de um grande corpo.
    Um grande planeta, ou uma irmã gêmea do sol com uma órbita absurdamente elíptica explicaria tais ocorrências.
    Pena não poder provar se isso está correto ou não…

  • Alex Cosmos

    A época certa ou de onde estão vindo não faz diferença se alcançarem nossa orbita ! O que me deixa preocupado é o fato de não termos uma defesa muito eficaz no caso de uma aproximação com riscos de extinção !!!

    http://www.youtube.com/watch?v=v-wDvRZiBTg

  • walter loo

    Estes levantamentos são um bom começo para mapear as incidências de impactos, pois sendo conhecida as regularidades e onde ocorrem com maior incidência poderão até mesmo precaver possíveis acidentes e salvar vidas, além do mais espero que melhorem o sistema de monitoramento destes visitantes indesejáveis, pois até o momento o sistema de defesa não está a altura dos milhares de dólares gastos mensalmente para este fim!!!

    Abraços fraternos!!!

  • KjulimataConde

    Eduardo Lbm kkkkkkk, muito bom so voce mesmo, a verdade doi, mais esta e a pura verdade

  • KjulimataConde

    SENAM ciencia da divisão, a unica ciencia que levara a humanidade a outro patamar evolucionário, o dificil e fazer o povo pensar assim quando a maioria so olha para o quanto vai receber no final do mes

  • micropc

    As estatísticas são feitas pelo homem e as vezes não são correctas porque o homem
    também erra

  • AbnerAlbuquerque

    esse pessoal deve se ruim de mira nao acerta um na terra

  • AbnerAlbuquerque

    KjulimataConde Eduardo Lbm o que tem ave gay com ovnis explica ae

  • AbnerAlbuquerque

    KjulimataConde Eduardo Lbm o que tem ave gay com ovnis explica ae

  • KjulimataConde

    AbnerAlbuquerque KjulimataConde Eduardo Lbm nada a ver amigo so estamos falando de estatisticas e os absurdos que acontecem por aih

  • Eldrin

    Alex Cosmos Um piloto de fórmula 1 corre sem considerar os riscos de acidentes fatais, talvez não tenhamos uma defesa eficaz por não considerar o risco em si. O que se haveria de fazer caso uma pedra do tamanho de de uma cidade, tipo Rio de Janeiro, fosse descoberta vindo em direção à Terra?
    Seria “Salve-se quem puder!”

  • Vilson Censi

    Eduardo Lbm  Bom, mas se fosse no Brasil, estatisticamente, seria de 50% para cada “direito”! Rsrsrs

  • The_Prophet

    Mas podem ficar tranquilos que o “adobo” que vai nos exterminar virá fora dos padrões mesmo.

  • FernandoFernandes2

    Vilson Censi Eduardo Lbm 
    Comportamento contagiado pelo sistema a muito ,,,

  • Alex Cosmos

    Eldrin Alex Cosmos Concordo !!! mas qualquer que seja,uma forma de deter uma ameça deste porte ela deveria existir !! um bomba que seja tem que ser enviada em encontro a uma possível rocha seja ela que tamanho tiver !
    Concorda amigo Eldrin ?

    Abraços……

  • Eldrin

    Alex Cosmos Eldrin Sim, deveria haver uma forma de defesa. Mas considerando a despreocupação com as pequenas pedras que caem na Terra de vez enquanto, na Rússia por exemplo, não acho que deva deva existir nenhum plano de contenção.

  • gurgel.'.f'.'f

    Outro dia, um estudo sugeriu periodicidade para eventos de grandes meteoros, sugerindo um astro estrangeiro que estaria trazendo esses meteoros.
    Agora, é de se pensar realmente em eventos estes que poderiam dizimar milhões de espécies pelo globo terrestre. 

    Muitos aqui já ouviram falar no evento Tugunska de 1908, certo?

    Sabiam que já ouve um Tugunska brasileiro, em 1930? E um de Guiana em 1935?

    vejam, de harvard:
    http://adsabs.harvard.edu/abs/1995Obs…115..250B

    http://adsabs.harvard.edu/abs/1995JIMO…23..207S