Espaço do Leitor: Quase pouso de OVET em Campina Grande-PB, Brasil
Por Kaczmarczik
Em 24 de setembro de 1994 ocorreu um quase pouso de um OVET em minha rua! Mas tudo começou no dia 17 de setembro de 1994, quando assistia Grêmio x Corinthians, pelo Brasileirão de 1994.
Naquele tempo, eram transmitidas partidas nos sábados e nos domingos, às 4 da tarde. O Corinthians estava levando sufoco e teve um expulso, então, eu disse a mim mesmo que, se o Corinthians ganhasse, eu iria jogar bola sozinho em frente de casa. E o Corinthians fez 1×0 no fim do jogo. Fui então jogar bola sozinho em frente de casa.
Vale lembrar que, naquele tempo, a minha rua era o limite urbano da minha cidade, e ficava de frente para o poente, e não haviam casas em frente da nossa, exceto uma velha fazenda a uns dois quilômetros de distância.
Minhas irmãs brincavam em frente de casa com suas amigas vizinhas, como sempre faziam, quando fui cumprir o prometido. No sábado seguinte, estava passando São Paulo x Paysandu. Repeti o que havia feito uma semana antes: disse a mim mesmo que se o Paysandu ganhasse, eu faria alguma coisa, porém, mudei para fazer um time de papelão do Paysandu! E realmente, o Paysandu ganhou por 2×1, com dois gois de Mirandinha.
Quando, terminado o jogo, fui fazer o time de papelão, senti no ar um clima de ar condicionado limpo, um aroma de ar puro que nunca senti antes! Também senti uma espécie de vibração de motor suave. Algo me convidou no íntimo a ir lá fora ver alguma coisa, mas não quis ir. Quando já estava no meu quarto (eu era solteiro nessa época) fazendo o time, ouvi do lado de fora passos correndo em uma só direção, novamente algo no íntimo dizendo para ver o que era, mas de novo, não quis ir, porque eu achei que eram minhas irmãs e suas amigas brincando na rua.
Passados alguns minutos, minha mãe veio emocionada me chamar para ver algo na rua. Saímos pela lateral direita da casa. Ao chegar no jardim, vi um objeto oval envolto em uma nuvem azul cintilante, subindo lentamente. Era do tamanho de um ônibus. Ao chegar na rua, ele já havia mudado para branco e continuava a subir muito lentamente em diagonal.
Pensei em correr atrás dele, e no mesmo instante, como se tivesse lido minha mente, ele desceu rápido, mudando de branco para azul cintilante, ao mesmo tempo em que uma voz me disse “se você for, ela vai sentir muitas saudades” e uma imagen da minha mãe chorando no quarto escuro, só com um abajur em um criado-mudo, das minhas irmãs, assoando o nariz com um lenço branco luminoso.
Desisti de ir e o OVET voltou a subir lentamente mudando de azul cintilante para branco e se
juntando a dois objetos iguais a ele, que estavam parados a uma determinada altitude, e os três rumaram lentamente para o poente.
Então minhas irmãs e suas amigas contaram como tudo aconteceu. Elas estavam brincando de bicicleta, quando minha irmã mais nova viu uma nuvem branca luminosa se aproximando rapidamente sobre elas, então minha irmã mais nova gritou “Olha o disco voador!” e imediatamente elas deixaram as bicicletas e, exceto minha irmã mais velha, correram para detrás do muro baixo do jardim da nossa casa. Então o OVET mudou de branco luminoso para azul cintilante e daí para um arco-íris circular.
Todas as crianças que estavam atrás do muro de nossa casa gritaram por minha irmã mais velha, mas ela estava hipnotizada, paralisada, porém alguém, não se sabe quem, a tirou de debaixo do OVET e a levou até nós.
Uma das amigas de minhas irmãs passou a gritar por minha mãe que estava lavando roupas na lavanderia, que ficava à direta da nossa casa, mas algo não permitia que minha mãe a escutasse. Então o OVET mudo de arco-iris circular para azul cintilante para branco e foi subindo em diagonal e foi então que minha mãe pôde ouvir a amiga de minhas irmãs. Minha mãe foi ver e vi o
OVET subindo lentamente. Ela então correu para me chamar e assim foi.
-Kaczmarczik
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