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Agora, dois astrofísicos estão propondo uma maneira de garantir de não perdermos o sinal se observadores extraterrestres tentarem nos contatar primeiro.
René Heller e Ralph Pudritz dizem que a melhor chance de encontrarmos um sinal do além é presumir que os observadores extraterrestres estão usando os mesmos métodos de busca que usamos para procurar vida fora da Terra.
Aqui na Terra, os pesquisadores espaciais estão concentrando a maior parte de seus esforços de busca em planetas e luas que estão muito distantes para serem vistos diretamente. Em vez disso, eles os estudam rastreando suas sombras à medida que passam na frente de suas próprias estrelas hospedeiras.
Medindo o escurecimento da luz das estrelas conforme um planeta cruza a face de sua estrela durante a órbita, os cientistas podem coletar uma riqueza de informações, mesmo sem nunca ver esses mundos diretamente.
Usando métodos que permitem estimar a iluminação estelar média e as temperaturas em suas superfícies, os cientistas já identificaram dezenas de locais onde a vida poderia potencialmente existir.
Heller e Pudritz perguntam:
“E se observadores extraterrestres descobrirem a Terra enquanto ela transita pelo Sol?”
Se esses observadores estão usando os mesmos métodos de pesquisa que os cientistas usam na Terra, os pesquisadores propõem que a humanidade volte seu ouvido coletivo para a “zona de trânsito” da Terra, a fina fatia de espaço a partir da qual pode ser a passagem de nosso planeta em frente ao Sol.
Heller disse:
“É impossível prever se os extraterrestres usam as mesmas técnicas de observação que nós. Mas eles terão que lidar com os mesmos princípios físicos que nós, e os trânsitos solares da Terra são um método óbvio para nos detectar.”
A zona de trânsito é rica em estrelas hospedeiras para sistemas planetários, oferecendo aproximadamente 100.000 alvos potenciais, cada um potencialmente orbitado por planetas e luas habitáveis, dizem os cientistas – e esse é apenas o número que podemos ver com as tecnologias de radiotelescópio de hoje.
Heller e Pudritz escrevem:
“Se algum desses planetas hospedasse observadores inteligentes, eles poderiam ter identificado a Terra como habitável, até mesmo como um mundo vivo, e poderíamos estar recebendo suas transmissões hoje.”
Heller é um pós-doutorado que, enquanto estava na McMaster, trabalhou com Pudritz, professor de Física e Astronomia. Heller está agora no Instituto de Astrofísica em Göttingen, Alemanha.
A questão do contato com outras pessoas fora da Terra dificilmente é hipotética, pois vários projetos estão em andamento, tanto para enviar sinais da Terra quanto para buscar sinais que foram enviados diretamente ou que “vazaram” em torno de obstáculos, possivelmente viajando por milhares de anos.
Heller e Pudritz propõem que a Breakthrough Listen Initiative, parte da busca mais abrangente por vida extraterrestre já realizada, pode maximizar suas chances de sucesso, concentrando sua busca na zona de trânsito da Terra.
(Fonte)
Acontece que muitos “deles” já sabem que estamos aqui e provavelmente até estão nos visitando.
n3m3
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