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Imagem de satélite registra pontos brilhantes sobre o Brasil

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Tempo de leitura: 3 min.

Não é de hoje que alguns pontos coloridos são observados em imagens de satélites que orbitam certas áreas do Brasil. Os mais místicos atribuem esses artefatos ao trânsito de naves interplanetárias, mas na realidade suas causas são bem conhecidas.

Imagem de satélite registra pontos brilhantes sobre o Brasil
Artefatos causados pela Anomalia Magnética do Atlântico Sul em parte da Região Sudeste do Brasil

A cena acima mostra um lago de pesca construído na forma de um homem e foi obtida pelo satélite europeu Pleiades-1A, quando orbitava alguma parte da região Sudeste do Brasil. Entretanto, além da lagoa e da vegetação ao redor, a imagem está repleta de pontinhos coloridos.

Desde que essa imagem passou a circular na internet, há alguns meses, centenas pessoas passaram a associar os pontinhos coloridos a uma espécie de evento místico, em que naves extraterrestres estavam transitando sobre parte do território brasileiro.

Na realidade, esses pontinhos coloridos não passam de artefatos, gerados pelo impacto de partículas altamente carregadas que atingiram os sensores do satélite no momento da imagem. Embora esses impactos sejam comum em fotos astronômicas ou feitas em grande altitude, o que chama a atenção na foto é a quantidade absurdamente grande de pontinhos.

 

Anomalia Magnética

De acordo com a agência espacial francesa, CNES, isso é muito comum de ser observado quando alguns satélites sobrevoam parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Estas áreas estão sob a forte influência de um fenômeno geofísico bastante conhecido, chamado Anomalia Magnética do Atlântico Sul, AMAS, uma espécie “Triângulo das Bermudas” magnético.

 

O que é Anomalia Magnética do Atlântico Sul?

A Anomalia Magnética do Atlântico Sul, AMAS é uma forma de depressão ou achatamento nas linhas no campo magnético da Terra, que se projeta sobre toda a América do Sul, mas é muito mais pronunciada no Sudeste e Centro-Oeste Brasileiros.

A causa da AMAS é o desalinhamento entre o centro do campo magnético e o centro geográfico do planeta, que estão deslocados entre si por cerca de 460 km no sentido sul-norte.

 

Cinturão de Van Allen

A AMAS foi descoberta em 1958 e não é fixa. Seu formato e dimensões sofrem alterações ao longo do tempo, principalmente devido ao deslocamento dos polos magnéticos aliado ao enfraquecimento do campo de modo global. Há algumas centenas de anos já esteve sobre a África.

Devido ao campo magnético ser mais fraco, as partículas vindas do cinturão de Van Allen, situado entre mil e cinco mil quilômetros de altitude, se aproximam mais da alta atmosfera desta região o que torna os níveis de radiação cósmica em grandes altitudes mais altos nesta zona.

O efeito dessa radiação é praticamente desprezível na superfície, já que a atmosfera bloqueia quase toda a radiação, mas o mesmo não se pode dizer dos efeitos da AMAS sobre satélites e outras espaçonaves que orbitam algumas centenas de quilômetros de altitude.

Satélites que cruzam periodicamente a AMAS ficam expostos durante vários minutos à intensa dose de radiação e necessitam de proteção especial. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, é dotada de um escudo especialmente desenvolvido para bloquear as radiações e alguns experimentos são desligados nesta região.

No caso das imagens de satélites, como esta mostrada no artigo, o impacto das partículas produz esses artefatos coloridos e sua observação deve ser levada em conta durante a interpretação de dados em alta resolução, caso contrário pode levar a falsas interpretações sobre o terreno imediatamente abaixo.

Fonte:

Apolo11.com – Todos os direitos reservados

Colaboração: Osnir Stremel Jr.

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