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A origem de Proxima Centauri pode significar que seu exoplaneta abriga a vida

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Tempo de leitura: 3 min.

Após décadas de incerteza, astrônomos podem ter encontrado forte evidências de que a estrela Proxima Centauri realmente está “amarrada gravitacionalmente” à Alpha Centauri. Isto é interessante por muitas razões, primariamente porque agora eles estão quase certos de que o sistema Alpha Centauri é um sistema estelar triplo, com duas estrelas (Alpha Centauri A e b) orbitando mais próximas uma da outra, e uma irmã excêntrica (Próxima Centauri) com uma órbita muito mais ampla.

Mas com a recente descoberta de um pequeno exoplaneta rochoso em órbita de Proxima Centauri, esta nova descoberta aumenta as esperanças de que este pequeno mundo possa ser habitável para a vida tal qual a conhecemos.

Proxima Centauri está localizada a aproximadamente 4,25 anos luz de distância, o que a faz a estrela mais próxima da Terra, além do nosso Sol.  O planeta em questão, chamado de Proxima b, tem aproximadamente a mesma massa da Terra e orbita dentro da zona habitável da estrela – a região ao redor de uma estrela onde não é tão quente, nem tão frio, para que a água exista no estado líquido em sua superfície.  A descoberta de qualquer planeta dentro da zona habitável de uma estrela – irrelevantemente do tamanho ou luminosidade da estrela – sempre é empolgante pois, se há água no estado líquido, a vida pode ser possível. E a descoberta de um mundo potencialmente habitável fora de nosso sistema solar é um incrível golpe de sorte.

Renderização artística de Proxima Centauri e seu exoplaneta Proxima Centauri b
Renderização artística de Proxima Centauri com seu exoplaneta Proxima Centauri b em primeiro plano, e Alpha Centauri A e B ao fundo.

Embora saibamos que Proxima b está lá, só podemos adivinhar sua composição e não temos ideia se ele possui água, ou não.  Mas novas evidências sugerindo que Proxima Centauri é de fato uma irmã longínqua de Alpha Centauri pode nos ajudar a fazer esta descoberta.

Proxima Centauri foi descoberta há somente um século e, desde então, os astrônomos têm tentado compreender seu movimento no céu, uma tarefa que se torna muito complicada quando se considera o quão apagada ela é. Estrelas anãs vermelhas são muitas vezes menores e produzem somente uma fração da luz do nosso Sol. Mas usando o instrumento High Accuracy Radial velocity Planet Searcher – HARPS, do Observatório La Silla, no Chile, os astrônomos, pela primeira vez, conseguiram mensurações precisas da velocidade radial dessa estrela apagada, uma métrica chave se quisermos compreender sua relação com Alpha Centauri.

O instrumento HARPS é extremamente sensível à oscilação das estrelas quando pequenos exoplanetas orbitam ao seu redor, os puxando gravitacionalmente.  Na verdade, foi o instrumento HARPS que descobriu a minúscula oscilação da Proxima Centauri, revelando a presença do planeta Proxima b. Mas desta vez, o HARPS foi capaz de deduzir a velocidade na qual a pequena estrela se distancia de nós e a comparou com a velocidade radial de Alpha Centauri. Ambas as velocidades radiais se combinam, o que significa que, em toda probabilidade, Proxima Centauri possui uma órbita ao redor de Alpha Centauri.  Assim, elas provavelmente estão atadas gravitacionalmente.

Embora esta seja uma descoberta significante, a questão se todas as três estrelas estão em órbita uma da outra tem intrigado os astrônomos, desde que Proxima Centauri foi primeiramente encontrada – isto poderia revelar uma informação interessante sobre a natureza do próprio Proxima b.

Se a Proxima Centauri e as Alpha Centuri A e B estiverem conectadas gravitacionalmente, isto nos dá um pista de que o grupo foi formado pela mesma nebulosa há bilhões de anos. Assim, todas têm a mesma idade. Ao longo do tempo o trio evoluiu e Proxima Centauri, por alguma razão, foi jogada para longe do binário Alpha Centauri.

Numa pesquisa publicada no periódico Astronomy & Astrophysics, os pesquisadores especulam que antes da Proxima Centauri ser ejetada e enviada na órbita solitária que está hoje, um planeta se formou longe da estrela e então migrou para uma órbita mais baixa.  Quando ocupava tal órbita distante (e fria), ele provavelmente teria sido um mundo gelado e aquele gelo poderia ter sido água.  E agora o Proxima b está orbitando uma localização muito habitável para a água existir no estado líquido em sua superfície, então talvez ele possua água hoje em dia.

Embora ainda seja cedo para fazer tal declaração sobre o conteúdo de água de um planeta que não podemos ver diretamente, é interessante pensar que Proxima b possa ter sido formado com uma abundância de água em forma de gelo e é difícil não ficar empolgado com as renderizações artísticas de oceanos alienígenas sob um sol vermelho.

E quem sabe, se Proxima b tiver vida alienígena, esses nossos vizinhos já estejam nos visitando também.

n3m3

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