Mais possíveis fluxos d’água são encontrados na superfície de Marte

A sigla RSL, em inglês, significa ‘Recurring Slope Lineae” (Linha de Inclinação Recorrente), que é o nome dos fluxos incomuns vistos em certas inclinações de terrenos em Marte. Dentro da cratera Hale há uma área conhecida como ‘picos centrais’, a qual apresenta alguns fluxos ativos intrigantes. Uma imagem da sonda Mars Reconnaissance Orbiter é utilizada para reexaminar o fenômeno, que já tem sido estudado pelos cientistas há algum tempo.
Imagens anteriores mostram o que parecem ser linhas sazonais de água salgada, que aparecem quando a temperatura sobe na superfície de Marte. Esta é uma imagem interessante devido à coloração vermelha do RSL nas montanhas Hale, a qual pode indicar a presença de compostos como a ferrugem. Olhando na parte superior esquerda da foto pode-se ver os rastros descendo das encostas.
Estes rastros também são incomuns, porque começam suas atividades muito mais cedo do que a maioria dos locais que apresentam RSL, e já se encontram muito desenvolvidos no meio da primavera, aponta a NASA. “Se a água que escorre causa as RSLs na cratera Hale, ela deve ser rica em sais, para assim ter seu ponto de congelamento significativamente mais abaixo do ponto da água pura.”
A imagem acima foi tirada pela câmera da sonda orbital HiRISE, a qual é equipada com lentes telescópicas poderosas para capturar a superfície marciana em detalhes.
A evidência sobre possível água em Marte, tanto no passado quanto no presente, está se acumulando. As últimas escavações do jipe-sonda Curiosity de Marte dão indicações da existência de água no passado do planeta, porém com constituição ácida. Um estudo liberado em março sugere que o planeta uma vez possuiu um enorme oceano, maior do que o Oceano Ártico, e as imagens coloridas da sonda orbital sugerem que ainda possa existir alguma atividade do líquido no planeta Marte.
n3m3
Fonte das informações: www.cnet.com