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Devaneios do n3m3 e seus dois pequenos assistentes cerebrais

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Tempo de leitura: 3 min.
Cometa 67P Churyumov–Gerasimenko (Crédito: ESA)

Com todo esse movimento do espantoso e extraordinário feito da Agência Espacial Europeia, colocando uma pequena sonda na superfície de um cometa que viaja à uma velocidade espantosa, seguido da publicação do fato que o misterioso corpo celeste emite um sinal de rádio, e ainda, coincidentemente, pouco após seu pouso a sonda Philae ficar sem bateria, meus já poucos neurônios ficaram tão abalados que acabei perdendo mais de uma dúzia deles, restando assim só dois para os meus processamentos cerebrais diários.

Embora esta perda de neurônios tenha ocorrido, ou melhor, devido à esta perda, comecei a ter alguns devaneios durante o pouco tempo que tem me sobrado afastado das obrigações profissionais e familiares nestes últimos dois dias.

Primeiro, a minha mente, agora um tanto lesada pela perda de neurônios, começou a questionar o porquê da existência desses dois tipos de objetos itinerantes no espaço: os asteroides e os cometas.

Ora, de acordo com a astronomia atual, os asteroides são constituídos principalmente de rocha pura e os cometas são enormes bolas de gelo (possivelmente) misturadas com ‘pequenos’ pedaços de rocha e poeira espacial. 

Mas por que existe esta diferença tão gritante?  Não poderia haver uma corpo celeste entre os dois, chamado de ‘astemeta’ ou ‘comeroide’?  Por que não há corpos celestes meio-a-meio, ou com diferentes percentuais de composição entre esses dois extremos?

Foi aí que o Teco, o outro dos meus neurônios restantes, me deu uma ideia um tanto estranha.  Ele me disse:

Já que há tantas teorias da conspiração rolando por aí, por que não criar mais uma?

Logo após ele ter assoprado isto no meu ouvido, pelo lado de dentro de um dos tímpanos, é claro, e antes de eu ter a chance de mandar ele ficar quieto, vislumbrei, involuntariamente, uma civilização antiga em outro rincão da galáxia.  Essa civilização seria tão antiga, que seus indivíduos já não estariam mais conosco; aliás estariam sim, só que já evoluídos para uma forma que não seria reconhecida como sendo matéria. E quando imaginei essa civilização antiga, não considerei milhares, mas sim bilhões de anos; muitos bilhões.

Então ocorreu-me, que essa civilização, cujos indivíduos eram gigantes fisicamente quando comparados conosco – pois seu planeta comportava tal porte, chegou ao seu auge tecnológico material há uns 20 mil anos após seu surgimento, e construíram enormes naves e sondas para sua exploração espacial.

Vista frontal da nave, digo do cometa
Outra vista da nave, digo, do cometa P67, mostrando o que seria a parte de saída da propulsão… ah esqueça, ok? (Foto: ESA. Enunciado da foto: Tico)

Acontece que algumas dessas naves, informou-me o Teco, teriam ficado obsoletas após essa civilização dar um salto evolucionário enorme, não necessitando mais da matéria para sua sobrevivência.  Assim, as naves foram deixadas no espaço, vagando, e assumindo órbitas elípticas gigantescas ao redor das estrelas que estavam mais próximas delas.  Mas embora abandonadas, seus sistemas de comunicação eram tão auto-suficientes, que mesmo depois de bilhões de anos terem se passado, ainda sinalizavam sua presença.

Foi então que eu disse:

– Você que me fez pensar nesta asneira, né Teco?  Cala a boca! Onde é que já se viu construir uma nave em forma desengonçada de cometa. Quem seria tão estúpido para fazer isso?  Não seria muito menos trabalhoso construir naves convencionais não amórficas?

Mal tinha terminado de falar com o Teco, fui interrompido; desta vez por não outro do que o segundo e último neurônio restante, Tico.  Ele assoprou para mim no lado interno do outro tímpano:

E se por acaso, essas naves não fossem construídas para parecerem com cometas, mas sim fossem naves normais, tal como um gigantesco ônibus espacial, ou algo assim.  Só que, ao passar de bilhões e mais bilhões de anos vagando pelo espaço, ela ficaria ‘encardida’ com a água e poeira, capturadas à medida que ela viajava pelos confins da galáxia, em sua fuselagem ‘morta’, agora hiper gelada por estar praticamente inativa. Com o passar dos ‘bilhênios’, seu formato não mais seria reconhecido, mas a sua tecnologia ainda estaria latente dentro do corpo amórfico.

Parei por um instante e pensei: “Puxa vida, isto explicaria o porquê das diferenças tão acentuada entre estes dois tipos de corpos itinerantes, sendo que os asteroides seriam uma formação natural de poeira e rochas encontradas por todo o espaço, enquanto que a constituição estranha dos cometas poderia ser explicada como sendo ‘tecnologia abandonada no espaço’ que ficou super encardida.

Porém, após este breve relampejo de insanidade temporária, coloquei meus pés de volta à Terra e para o bem da minha sanidade mental, mandei os dois pestinhas tagarelas irem dormir em suas minúsculas caminhas em algum canto escuro do meu cérebro, e me deixarem em paz.

Por favor, não me chamem de louco por eu ter compartilhado esta recaída mental que tive. Não me chamem de drogado (drogas não fazem parte de forma alguma da minha vida).  Somente me chamem de sonhador; um sonhador com duas minúsculas más influências dentro do meu agora grandemente espaçoso pequeno cérebro.

Voltemos então à “realidade”, embora mais esta teoria esteja lançada.

n3m3

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