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Poços na Lua podem ser portais para túneis subterrâneos com quilômetros de comprimento

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Tempo de leitura: 2 min.

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Centenas de poços descobertos na Lua poderiam ser portais para túneis subterrâneos formados por fluxos de lava, sugeriu a publicação Icarus.

Abrangendo de 5 a 900 metros de diâmetro, os poços poderiam oferecer abrigo para exploradores no futuro, como também nos ajudar a olhar o que tem abaixo da superfície lunar.

Os poços foram detectados por intermédio de uma algoritmo computacional, que analisou a forma com que as sobram se projetam na superfície da Lua em fotos da sonda lunar Reconnaissance, da NASA.  Somente 40% da Lua foi fotografada com o nível correto de iluminação para que o algoritmo funcionasse, o que significa que pode haver centenas mais desses poços a serem ainda descobertos.

Um habitat colocado num poço forneceria um local muito seguro para os astronautas: sem radiação, sem micro meteoritos, possivelmente pouca poeira, e nenhuma mudança abrupta de temperatura entre o dia e a noite“, disse o autor principal do trabalho, Robert Wagner, da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA.

Na Terra, os fluxos subterrâneos de lava algumas vezes deixam para trás redes extensas de túneis que podem ser acessíveis, se uma seção do teto desmoronar.  Processos similares na Lua poderiam ter causado aquilo que são chamados de “impact melt ponds“, ou em português algo como ‘açude de derretimento por impacto’.

Em essência, a energia de um impacto de meteoróide pode aquecer e derreter a rocha, a qual então leva milhares de anos para resfriar.  Antes de resfriar, a rocha derretida pode fluir, criando características similares àquelas criadas por vulcões na Terra.

Uma característica poderia ser a de túneis subterrâneos se estendendo por quilômetros, sugere o artigo.

Os poços representam evidências de aberturas subterrâneas de comprimentos desconhecidos.  Por analogia às suas contra partes terrestres, as aberturas associadas com os poços podem se estender por centenas de metros, até quilômetros de comprimento, assim fornecendo habitats extensivos em potencial, e acesso à geologia subterrânea“, diz o artigo.

A maioria dos 231 poços são encontrados em crateras de impacto, mas um pequeno número foi encontrado nos “mares” lunares, que são seções amplas e escuras da Lua.

Os mares, que antigamente pensava-se conter líquidos, foram criados por um antigo fluxo de lava que ocorreu antes da Lua resfriar, e não por impactos de meteoritos.

Os poços encontrados nos mares poderiam nos ajudar a melhor compreender como esses mares foram formados, disse Wagner: “Tiramos fotos a partir da órbita, procurando pelas paredes destes poços, que mostram que eles na verdade cortam por dezenas de camadas, confirmando que os mares foram formados por fluxos finos, e não por um único fluxo grande.  A exploração a nível de solo poderia determinar as idades destas camadas, e poderia até mesmo encontrar partículas de vento solar que foram capturadas na superfície lunar por bilhões de ano“.

Possivelmente, num futuro próximo, alguma expedição humana irá adentrar estes postos e eu não ficaria espantado se por lá descobrissem que não estão sós.

n3m3

Fonte: www.wired.co.uk

Colaboração: Daniel Silva, Alberto Martins

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