O instrumento abordo do jipe-sonda Curiosity, chamado em inglês de Sample Analysis at Mars (SAM), recentemente detectou a presença de gás metano em Marte.
Como explicado pelo site Space.com “por um lado, o metano pode ser de origem geológica. Mas há a possibilidade de que o gás seja biótico, ou causado por organismos vivos – significando que ele poderia ser resíduos gasosos de micróbios extintos há anos, ou até mesmo o resultado de organismos marcianos vivos hoje“.
Pesquisadores estão entusiasmados com a detecção de metano pelo jipe-sonda, mas os cientistas já haviam descoberto o metano em Marte em 2003. Naquela feita, os cientistas optaram por acreditar que o metano seria de origem geológica. De acordo com um artigo publicado no ScienceDaily em 2012, os pesquisadores foram capazes de mostrar que o metano escapa de meteoritos se estes foram irradiados com luz ultra violeta sobe as condições marcianas.
Nancy Atkinson do site Universe Today relatou uma outra possível explicação para a existência de metano em Marte. De acordo com um estudo por pesquisadores da Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, México, havia a possibilidade de que o metano estivesse sendo liberado pelos ‘pés de vento’ que ocorrem na superfície marciana. Os pesquisadores afirmam que “as descargas causada pela eletrificação dos ‘pés de vento’e tormentas de areia, ionizam o CO2 e as moléculas de água, sendo seus subprodutos recombinados para formar o metano“.
Sabendo-se da existência do metano na atmosfera marciana, já se esperava que o Curiosity detectasse o gás na superfície daquele planeta. Mas a variabilidade do metano detetado pelo Curiosity não era esperado. O próximo passo é monitorar os níveis de metano ao longo do tempo para averiguar as variações.
Chirs Mckay, cientista espacial e especialista em Marte para a NASA, diz que se os níveis de metano permanecerem constantes, “então isto pode ser reconciliado com processos naturais e fonte orgânicas de meteoritos“, mas “se for altamente variável, então a mesa de apostas está aberta“.
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Fonte das informações: www.space.com
