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Broca russa penetra lago congelado da Antártica de 14 milhões de anos

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Tempo de leitura: 4 min.
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Após 20 anos de perfuração, uma equipe de pesquisadores russos está próxima de romper o prehistórico lago de Vostok, que tem estado preso embaixo de uma gigantesca camada de gelo na Antártica pelos últimos 14 milhões de anos.

O Vostok é o maior lago de uma rede de mais de 200 que estão escondidos a 4 quilômetros abaixo da superfície do gelo.  Alguns lagos se formaram quando o continente era muito mais quente e ainda conectado à Austrália.

Esses lagos são ricos em oxigênio, com níveis do elemento de até 50 vezes mais altos do que os encontrados em lagos típicos de água doce. Os cientistas acham que esta alta concentração do gás é devida à enorme pressão causada pelo gelo.

Se a vida existir em Vostok, ela será o que se chama de extremófilo, que é uma forma de vida que se adaptou para sobreviver às condições extremas do seu ambiente.  O organismo teria que aguentar a alta pressão, o constante frio, o baixo nível de nutrientes, a alta concentração de oxigênio e a ausência de luz solar.

As condições do Lago Vostok são consideradas similares às da lua Europa de Júpiter, e da pequena lua Enceladus de Saturno.  Em junho, a sonda Cassini da NASA encontrou a melhor evidência de um grande reservatório de água salgada abaixo da superfície gelada de Enceladus.  Isto significa que a descoberta de vida no ambiente inóspito do Vostok reforçaria o caso em defesa da vida na parte externa do sistema solar.

De volta à Terra, a equipe em Vostok está com o tempo contado.  O verão da Antártica logo chegará ao fim e os pesquisadores precisam deixar suas bases remotas enquanto podem.  As temperaturas irão baixar para até -80ºC, o que impossibilitará o funcionamento de aeronaves.

A equipe perdeu a chance no ano passado.  O tempo é curto.  É possível que os perfuradores não sejam capazes de alcançar a água antes do final do atual verão a, e precisarão esperar até o próximo ano antes de continuarem com o processo.  A broca teve que parar em fevereiro de 2011.

Enquanto isso, os engenheiros russo estão planejando se aventurarem até o lago, com robôs aquáticos.  Nos verões de 2012 e 2013 eles planejam o envio destes robôs para a coleta de amostras de água e sedimentos do fundo.  Uma avaliação ambiental do plano será submetida à reunião consultiva dos Tratado da Antártica em maio de 2012.

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Fonte: Wired.co.uk

Para completar esta reportagem, veja abaixo o que foi publicado no site Pravda.ru sobre a expedição:

No domingo, 5 de fevereiro, tornou-se conhecido que o poço perfurado na Antártida pelos cientistas russos havia chegado à água debaixo da camada do gelo do Lago Vostok. Isolado da superfície há centenas de milhares de anos, este lago de água doce com 250 km de extensão e 50 km de largura (12,5 mil km2) poderia conter formas de vida até agora desconhecidas.

Concluiu com êxito o trabalho que durou mais de 20 anos. O Lago antárctico Vostok, a existência do qual foi predita por cientistas com grande probabilidade acabou por ser localizado à uma profundidade de 3768 metros. Esta é precisamente a espessura do gelo perfurado. E o poço atingiu a água.

Representantes do mundo científico estão em êxtase. A descoberta do lago Vostok, que tem o mesmo nome que a estação antárctica soviética e agora russa, é considerada uma das mais destacadas nos últimos cem anos. As águas do lago não estavam em contacto com o mundo exterior durante as centenas de milhares, até milhões de anos. Talvez sejam mantidos vivos os organismos que existiam naquela época distante. Os cientistas estão ansiosos  para começar a buscá-los. Mas têm que esperar até dezembro do próximo ano, quando as condições meteorológicas na área de perfuração serão mais suportáveis. Agora lá permanece um frio feroz.

A expedição perdida

A vitória dos especialistas russos sobre camada do gelo foi precedida por evento místico. O alarme foi dado por um professor americano, John Prisco, um microbiologista da Universidade de Montana, que estava em contacto com os perfuradores. Passando dias, mas ele não tem conseguido estabelecer o contacto. Os adeptos do paranormal já começaram a sugerir uma coisa anormal: se havia acontecido na estação algo no espírito de thrillers de ficção científica, em que cientistas descobrem na Antártida criaturas alienígenas? Mas nada aconteceu. Descobriu-se que especialistas russos não estavam atendidos por estarem muito ocupados — com pressa para terminar a perfuração.

A propósito, analogias fantásticas surgem em conexão com o Lago Vostok não acidentalmente. É, em fundo, um fenómeno extraterrestre da natureza. Tais lagos e até mesmo a totalidade dos mares, os oceanos, segundo os cientistas, poderiam existir, por exemplo, nos satélites de Saturno e Júpiter a muitos quilômetros debaixo da camada de gelo.

Disco voador no fundo?

A investigação demonstra que a profundidade do lago Vostok em alguns locais atinge o comprimento de cerca de 300 km, e a largura — 50. E há evidências de que a água de superfície tem inclinação: a parte do sul é acima do que a do norte. O que é muito intrigante.

E sua fatia do bolo espera os ufólogos. Na verdade, no lado oriental do lago, há uma anomalia magnética forte. Entusiastas não hesitem em assumir que devido a um enorme navio extraterrestre. Seria bom verificar.

Os trabalhos de perfuração começaram em 1989, ainda pelos especialistas soviéticos em conjunto com colegas americanos e franceses. Em 1996 conseguiu-se atingir a marca de 3539 metros. Amostras de gelo a partir desta profundidade mostraram que ele tem idade de, pelo menos, 420.000 anos. Significa, que o lago é mesmo mais velho do que o gelo.

Em 1999, os trabalhos foram interrompidos devido o colapso da URSS, quando até a superfície de água restou por volta de cem metros. O sucesso poderia ser comemorado mais cedo, mas em 2008 quebrou a broca. Foi retirada com grande dificuldade.

Superfície do lago em 2012 alcançou a 57 Expedição antártica russa. Como afirmam os pesquisadores, a tecnologia de perfuração permite conservar o ecossistema do lago. É que a nossa vida não vai penetrar lá.

Lyuba Lulko

Pravda. Ru

Colaboração: Hannah Hertz, Henrique Carvalho de Oliveira

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